O título deste artigo repete a palavra “campeões” propositalmente. O objetivo é ressaltar quais são os autênticos campeões nacionais, marcando uma diferença entre eles e aqueles que assim foram supostos. Como no regime militar, o lulopetismo tentou forjar lideranças empresariais, que competiriam com vantagens no exterior.
Quem conhece um pouco de história do período de 1964 a 1985 vai se recordar da Engesa – Engenheiros Especializados S.A., fabricante de equipamentos bélicos como os veículos Urutu e Cascavel. Era estrela de relevo no universo do primeiro impulso do Brasil-potência. Faliu em 1993, deixando respeitável passivo junto ao BNDES e ao Banco do Brasil.
Na segunda fase dos campeões nacionais, que nasceu com a ascensão do PT ao poder, em 2003, os beneficiários das vantagens federais foram de outros ramos: a Oi, dita supertele nacional; a JBS, líder mundial no setor de carnes; o grupo X, de Eike Batista. Todos campeões paridos pelo ventre largo do amparo estatal e amamentados pelos recursos dos mesmos bancos governamentais. Não por acaso, todos hoje enfrentam vastas dificuldades jurídicas e econômicas. Foram criações artificiais, que não passaram pelo endosso fornecido por uma competição no mercado livre.
Simultaneamente se desenvolveram os verdadeiros campeões nacionais — com destaque mesmo. Companhias abertas fidedignas, que se dedicaram a progredir e a ganhar status internacional sem estipêndios dos governos de ocasião.
Desde logo se sobressai a Ambev/Inbev, nascida no Brasil e hoje líder no mercado mundial de cerveja. A Natura, fabricante de cosméticos, acaba de dar um ousado lance de um bilhão de euros pela rede britânica de varejo The Body Shop. Finalmente, recentemente a imprensa noticiou que a capitalização da Lojas Renner, rede de varejo de vestuário, atingiu o equivalente a 90% do valor de mercado da gigante cadeia de lojas de departamento americana Macy’s, um ícone da economia ianque.
São exemplos flagrantes do contraste entre incentivos governamentais a desenvolvimento e estímulos fornecidos pela competição em mercados livres. Os primeiros sempre causam e fomentam prejuízos e derrotas, e os segundos produzem riqueza, vitórias e crescimento econômico. Só não enxerga o pior dos cegos, aquele que não quer ver.
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