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Ações do IRB impressionam com resultados crescentes
Resseguradora se sai bem ao enfrentar concorrência e exibe rentabilidade invejável na carteira de ativos
  • Rodrigo Petry
  • novembro 23, 2018
  • Alta & Baixa, Companhias abertas
  • . IRB
Com resultados crescentes, ações do IRB impressionam

Ilustração: Rodrigo Auada

Em um ano marcado pela incerteza quanto a possíveis catástrofes eleitorais, uma das companhias que mais garantiram segurança e retorno aos acionistas na bolsa foi o IRB Brasil Re, que tem entre seus acionistas principais o governo brasileiro e as áreas de seguros de Banco do Brasil, Bradesco e Itaú. Os papéis da resseguradora valorizaram-se 117,12% nos 12 meses encerrados em 29 de outubro passado, de acordo com levantamento da Economatica. Aparentemente, os investidores resolveram, nesses tempos obtusos, se ancorar numa empresa cujo ramo de negócios ainda é pouco conhecido no Brasil fora do mercado financeiro. Uma resseguradora opera para dar cobertura adicional às seguradoras, oferecendo uma espécie de seguro do seguro. Nesse modelo, o IRB assume total ou parcialmente os riscos contraídos pelas seguradoras quando emitem apólices vultosas, o que permite a essas empresas diluir suas despesas nas situações de sinistros de monta superior à habitual.

O bom desempenho das ações desde o fim de 2017 sugere que o IRB tem conseguido ir bem num ambiente de plena concorrência, o que é bastante relevante para uma empresa que foi estatal por quase 70 anos (a privatização só veio em 2013), monopolista até 2007 e estreante no mercado acionário apenas em julho do ano passado.

Mesmo diante da chegada de grandes players internacionais e de novas companhias locais de resseguro, principalmente a partir 2011, o IRB manteve sua posição de liderança no Brasil — e com folga. Segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), que regula o setor, dos 5,7 bilhões de reais em prêmios do mercado de resseguros de janeiro a setembro de 2018, o IRB respondeu por 3,1 bilhões de reais, o que corresponde a uma fatia de mercado de 54,4%. Na sequência estão as gigantes internacionais Munich Re (440 milhões de reais) e Swiss Re (302,6 milhões de reais).

Trilhas variadas

Ocorre que, entre esses entrantes, poucos se aventuram em todas as trilhas de negócios das seguradoras, optando por linhas específicas. Já o IRB opera de forma consolidada, ofertando coberturas que abarcam de resseguro patrimonial a agropecuário e de veículos — e isso facilita a manutenção de um market share elevado. “Além disso, o IRB acaba tendo uma maior agilidade nos processos de aceite e de pagamento de sinistros, já que depende de decisão local e imediata, que não fica aguardando autorização vinda do exterior. Isso atrai as seguradoras”, acrescenta um executivo do setor. Contribuiu ainda para o crescimento do IRB no mercado interno a diversificação da carteira de clientes, que passou a incluir seguradoras de menor porte, segundo a fonte. Até 2014, cerca de 67% dos prêmios emitidos pelo IRB estavam concentrados nas áreas de seguridade dos principais acionistas, percentual que recuou para menos de 30% atualmente.

Se em 12 meses a valorização das ações do IRB já impressiona, quando o recorte começa no IPO — julho de 2017, ocasião em que a empresa levantou por meio de uma oferta secundária de ações aproximadamente 2 bilhões de reais — a alta até o último dia 31 de outubro é ainda mais expressiva, de 168%. O Ibovespa, nesse intervalo, teve ganho de 29%. “Foram determinantes para a subida das ações os resultados crescentes, trimestre a trimestre, nas principais linhas do balanço”, comenta o analista da Planner Victor Martins.

Motivado pela expansão acumulada entre janeiro e setembro dos prêmios emitidos na comparação com igual período de 2017 (16,6%) e das reduções dos índices combinado ampliado (relação entre a sinistralidade e as despesas, que demonstra a rentabilidade da operação — quanto menor, melhor) e das despesas administrativas, o IRB divulgou, em 31 de outubro, novas projeções operacionais. Agora a companhia espera uma expansão neste ano, em relação a 2017, entre 17% e 21% dos prêmios emitidos, ante estimativa anterior de avanço de 9% a 16%. Para o índice combinado ampliado, a expectativa é de fique entre 69% e 73%, frente projeção anterior de 70% a 76%.

Pilares firmes

Em relatório enviado a clientes após a divulgação dos resultados do terceiro trimestre do IRB, os analistas do BB Investimentos Kamila Oliveira e Wesley Bernabé destacaram que a companhia manteve um dos seus principais pilares: “sob promessa, entregar acima de tudo”. Por causa dos resultados trimestrais acima do esperado, os especialistas elevaram o prognóstico para o lucro líquido de 2018 em 1,5%, para 1,186 bilhão de reais; a estimativa para 2019 também melhorou, em 4,8%, para 1,425 bilhão de reais. De janeiro a setembro deste ano, o lucro líquido acumulou alta de 25,1%, somando 846 milhões de reais.

“A última linha do balanço foi novamente impulsionada pelo resultado financeiro, enquanto a rentabilidade da carteira de ativos atingiu impressionantes 144% do CDI”, observaram os analistas do BB, em relação à alta de 14 pontos percentuais sobre o terceiro trimestre do ano passado das aplicações financeiras. Num cenário de Selic em baixa, a linha do resultado financeiro acaba sendo prejudicada, o que obriga a empresa a compensar o menor ganho pelo lado operacional, mas mesmo nas finanças a empresa tem ido bem. “Houve uma melhora substancial neste ano nos rendimentos das aplicações sobre o CDI”, reforça Martins, da Planner.

Novos negócios

O IRB prevê, ainda para o início do próximo ano, contar com uma gestora própria de recursos, confirmou o presidente da companhia, José Carlos Cardoso, durante teleconferência com analistas. A empresa, que já obteve o aval do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para o projeto, pretende explorar novas fontes de receita, com a gestão de recursos de terceiros das subsidiárias no Brasil, de seguradoras e dos retrocessionários (entidades que fazem o resseguro do ressegurador). Segundo apurou a reportagem, a intenção da companhia é manter seu foco no negócio de resseguros, mas ampliar o leque de serviços aos parceiros — aproveitando e replicando estratégias de ganhos obtidas em suas atuais carteiras de ativos.

A empresa também ganha relevância no exterior. Nesse caso, a estratégia é alcançar diversificação de risco e geografia. Durante a teleconferência, Cardoso disse que a expansão internacional vem sendo implementada há três anos, passando prioritariamente pelo mercado da América Latina, em moldes similares à operação no Brasil. Os principais segmentos de atuação fora do País são o agropecuário e o de seguros de vida, que responderam por quase 60% dos prêmios no terceiro trimestre. “Um ressegurador não consegue obter bons resultados em um só país”, diz Cardoso.

A companhia opera com um escritório na Argentina, e conquista participação de mercado também na Colômbia, no México, no Uruguai e no Peru. Nos nove primeiros meses deste ano em relação a igual período do ano passado, o total de prêmios emitidos no exterior avançou 33,6%, para um montante de 2,041 bilhões de reais. Vale destacar que uma parte desse ganho decorre de variação cambial. Apenas no Brasil, os prêmios emitidos totalizaram 3,242 bilhões de reais, uma alta de 8%. Entre 2013 e 2017, a participação dos prêmios obtidos no exterior saltou de 3% do total para 37%, segundo dados da companhia.

“O IRB cresceu mais que o esperado no Brasil, aumentando sua participação de mercado, apesar do fim de algumas regras de proteção, e vem se expandindo rapidamente internacionalmente, em uma estratégia que faz todo o sentido dada a natureza de seus negócios”, escreveram os analistas do BTG Pactual Eduardo Rosman e Thiago Kapulskis, sublinhando a importância de a expansão vir acompanhada de ganhos de rentabilidade.

Com atuação restrita ao Brasil e à América Latina, o IRB acaba se distanciando de grandes riscos vinculados a catástrofes climáticas — comuns a seus pares que operam globalmente, sobretudo no hemisfério norte —, o que reduz seus níveis de sinistralidade. Estudo de mercado da consultoria Willis Re mostra que no primeiro semestre deste ano o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) do IRB atingiu 31,1%, percentual muito superior à média global, de 7,7%, e bem acima dos demais concorrentes que aparecem na sequência: Lancashire (13,5%), Hannover (13,2%) e Hiscox (12,8%).

Já o índice combinado, de acordo com a Willis Re, teve uma média global de 94,3% no primeiro semestre deste ano, com o IRB obtendo o quarto melhor desempenho (82,6%) entre as 31 companhias pesquisadas. Nesse caso, todo resultado abaixo de 100% indica lucro operacional no período. Com o risco de queda de preços na bolsa bem coberto até agora, cabe ao investidor avaliar se a ancoragem ainda está segura.

 

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