A Standard & Poor’s (S&P) vai pagar US$ 77 milhões e ficar um ano sem poder classificar o risco de crédito de títulos lastreados em hipotecas comerciais. Esse é o resultado de um acordo sem precedentes feito com a Securities and Exchange Commission (SEC) e duas procuradorias estaduais. Entre os problemas apurados pelo regulador, estão notas emitidas pela S&P para ofertas desses títulos em 2011. Segundo a SEC, elas se basearam numa metodologia diferente da que a agência costumava usar, o que induziu o investidor ao erro.
“O investidor confia nas agências de rating para avaliar corretamente títulos complexos. Mas a S&P colocou seus interesses financeiros acima do investidor ao afrouxar seus critérios de classificação de risco para conseguir clientes”, criticou Andrew J. Ceresney, diretor da divisão de Enforcement da SEC.
Ao fechar o acordo, a S&P se exime de admitir responsabilidade pelas irregularidades detectadas. Analistas de mercado acreditam que a suspensão de classificar títulos lastreados em hipotecas comerciais (conhecidos, em inglês, como CMBS) terá impacto financeiro mínimo no negócio da S&P, já que possui baixa participação no segmento.
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