De acordo com a oferta da J&F, cada ação integrante do bloco de controle da Alpargatas será comprada por R$ 12,75. Os minoritários, no entanto, não conseguirão o mesmo valor. A transação envolve o lançamento de uma OPA em decorrência da alienação do controle, conforme prevê o artigo 254-A da Lei das S.As. O estatuto social da Alpargatas, no entanto, concede apenas o tag along previsto na legislação. Os donos de ações ordinárias têm o direito de vender seus papéis por 80% do valor pago ao controlador, ou seja, R$ 10,20. Já os que detêm PNs não têm direito a acompanhar o controlador na venda das ações.
O grupo de minoritários preferencialistas da Alpargatas é significativo. O maior deles é o investidor Silvio Tini, dono de 20,03% do capital da companhia, somadas as participações direta e indireta (por meio de seu veículo de investimentos, a Bonsucex Participações). Tini detém 14,47% do total de ações preferenciais da Alpargatas; outros 61,35% das PNs estão nas mãos de minoritários não relevantes.
No contexto da oferta, o cenário para os minoritários não é o melhor, mas ao menos a Alpargatas continuará na bolsa de valores. De acordo com o fato relevante divulgado pela companhia, a J&F Investimentos informou que não tem a intenção de promover, no prazo de um ano, o cancelamento do registro de companhia aberta.
No terceiro trimestre, o lucro líquido da Alpargatas somou R$ 79,3 milhões, 42% superior ao do mesmo período do ano anterior. Os ganhos acumulados nos nove primeiros meses do ano somam R$ 224,5 milhões, 15% acima do registrado em 2014.
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