O DREX, o real digital, que está em estudo pelo Banco Central, é a evolução do processo de digitalização da economia, que vem passando por um momento de tokenização. Atualmente, o BC analisa 40 casos de uso que devem servir como experimento para a autoridade brasileira.

Na avaliação de especialistas, presentes no Conecta ABBC, evento promovido pela Associação Brasileira de Bancos (ABBC) nesta quarta-feira (21), esse processo de tokenização dará uma maior eficiência na forma de transacionar e liquidar os ativos.

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“As coisas já veem sendo tokenizadas. Agora, o objetivo é criar uma representação digital facilmente negociada, facilitando o acesso aos investimentos”, explicou o sócio da KPMG Consultoria, Fabio Lacerda.

Segundo ele, o DREX é uma nova forma de usar o real brasileiro. “No Brasil e no mundo, isso já está acontecendo, como no caso das stablecoins. Com esses casos de uso, o BC pode avaliar como será usada a moeda digital. No entanto, o cidadão só vai ver valor no DREX quando começar a fazer diferença na sua vida”.

Para Andre Carneiro, CEO da BBChain, neste momento, há uma percepção clara sobre o desdobramento tecnológico do DREX, mas o importante é saber quem será o primeiro impactado. “Talvez a maneira de como gerenciar o caixa muda, porque não terá dois dias para liquidar, será imediato. É um salto revolucionário em termos de mercado”.

O especialista explica ainda que é preciso ter cuidado com a implementação do DREX, uma vez que, a depender dos projetos analisados pelo BC, o impacto será imediato e não futuro. “A BBC, inclusive, criou um consórcio com os associados para que não passem por esse efeito rebate, vamos dizer assim, não esperar a coisa acontecer para ser impactado”.

Diante desse contexto, Carneiro afirma que um dos principais desafios do DREX é transformar algo complexo em algo simples para o cidadão comum.