O Ibovespa inicia a semana no negativo, assim como as bolsas nos Estado Unidos, em um dia marcado por forte movimento de aversão ao risco nos mercados, com a possibilidade de recessão na principal economia do mundo. Na Ásia, também houve uma queda drástica nesta segunda-feira (5), com o índice Nikkei, da bolsa de Tóquio, caindo mais de 12%, estendendo a baixa da semana passada.
Na última sexta-feira (2), os dados do mercado de trabalho nos EUA, conhecido como payroll, vieram bem piores do que o esperado, assim como os índices de atividades, reforçando a tese de que a economia americana possa estar entrando em recessão.
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Por volta de 11h15, o Ibovespa, principal índice da B3, operava em baixa de 1,37%, aos 124.135 pontos, enquanto em Wall Street, o Nasdaq tinha baixa de mais de 3%, o S&P recuava 2,98% e o Dow Jones tinha queda de 2,43%.
Do outro lado do mundo, enquanto a bolsa no Japão desabou, refletindo o temor de recessão nos EUA e o aumento da taxa de juros no país na semana passada, que passou para a faixa de 0% a 0,1%, na China e em Hong Kong as perdas foram relativamente menores, com queda de 1,54% e 2,08%, respectivamente.
Na visão do analista da Ouro Preto Investimentos, Sidney Lima, esse temor global começou a ser instigado por conta de uma série de indicadores nos EUA na semana passada, que envolvem tanto o crescimento do país, sinalizado pelo PMI, que tem uma conexão direta com o PIB, mas principalmente pelos dados de emprego e desemprego que vieram muito abaixo do esperado.
“Os dados americanos assustaram um pouquinho o mercado, já que se eu tenho emprego e os valores dos salários estão sendo pagos monetariamente abaixo, menor do que anteriormente, ou do que era a projeção do mercado, isso significa que as empresas estão dispostas cada vez menos a colocar menos dinheiro no game para poder expandir ou para contratar’, explica Lima.
Por outro lado, o estrategista de Ações da Genial Investimentos, Filipe Villegas, ressalta que, além do cenário mencionado, existe um fato pouco comentado até o momento, que estava completamente fora do radar do mercado nos últimos meses, que é o fato de o Federal Reserve (Fed) estar atrás da curva. Ou seja, significa dizer que passou a criar um consenso de que o banco central americano já deveria ter cortado os juros, que atualmente estão entre 5,25% e 5,50%.
“Quando você soma esse cenário a um contexto em que a temporada de balanços os resultados corporativos não estão vindo positivos, muito pelo contrário, o resultado pode até ser bom, mas com guidances negativos, isso acaba gerando todo esse efeito que nós estamos acompanhando nos mercados, chamado de sell-off, movido por irracionalidade e por um investidor que tem um desejo hoje de não estar posicionado em ações”, analisa o estrategista de Ações da Genial Investimentos.
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