Os presidentes do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) procuraram demonstrar otimismo com os rumos da economia brasileira, em particular o mercado de capitais. Na abertura da Expert XP 2024, ambos destacaram desafios enfrentados na condução da política monetária e na regulação do mercado de capitais, mas apontaram avanços importantes dos últimos anos. Temas como os próximos passos da política monetária, em relação a uma possível alta da Selic e a primeira intervenção do BC no câmbio em muitos anos, realizada nesta sexta-feira (30), também não ficaram de fora.
“O Banco Central atua no mercado de câmbio se identificar alguma anomalia, não faz nada pontual, de curto prazo. Temos reservas suficientes que nos permitem atuar e foi esta a decisão tomada”, comenta Roberto Campos Neto, presidente do BC, acrescentando que o objetivo não é formar preço, mas garantir o retorno a uma certa normalidade. O presidente da autoridade monetária disse que o BC identificou um fluxo muito grande por moeda ligada ao rebalanceamento do índice da B3.
Em relação à Selic, Campos Neto lembrou que a opção do Copom foi deixar, após o último encontro, a porta aberta para qualquer movimento e sinalizou que os ajustes das taxas de juros serão graduais “se e quando houver” necessidade fazê-los. “Entendemos que existe hoje um prêmio de risco na parte curta da curva de juros que não é compatível com a mensagem que foi transmitida na ata, nas comunicações e que foi fruto de convergência de opiniões da diretoria colegiada”, explicou o presidente do BC.
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Por outro lado, o presidente da CVM, João Pedro Nascimento, apresentou números sobre o crescimento do mercado de capitais e, embora não tenha sinalizado alguma expectativa sobre a volta de IPOs, afirmou que o crescimento do mercado como um todo, incluindo de empresas registradas na CVM, é um bom sinal. “Existe uma grande quantidade de empresas aguardando a abertura da janela para emissões de ações, seja via oferta inicial (IPO) ou follow-on. Os indicadores evidenciam que há uma quantidade expressiva de emissores que estão esperando o momento adequado para fazer a sua oferta”.
Segundo Nascimento, as companhias estão à espera de uma melhora nas condições macroeconômicas, estabilidade e previsibilidade “elementos importantes para distribuição de títulos de participação societária”.
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