Pesquisar
Haddad diz que juro já é bastante restritivo e alerta que se BC errar na mão pode afetar a oferta e gerar inflação
Em evento do BTG, ministro da Fazenda afirma que não cabe a ele dizer o que o BC deve fazer, mas que se “apertar demais pode abortar um processo de ampliação da capacidade instalada” importante
Fernando Haddad, ministro da Fazenda.
Fernando Haddad, ministro da Fazenda.

Um debate sobre política monetária, política fiscal e os esforços do governo federal, em particular da equipe econômica, foi o tema de abertura do Macro Day BTG, realizado nesta terça-feira (21). Coube ao economista-chefe do BTG Pactual, Mansueto Almeida, conduzir o debate com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que abordou aspectos amplos do trabalho da equipe econômica que, direta e indiretamente, afetam a política monetária e a taxa de juro. A Selic, hoje a 10,50%, na visão da ampla maioria dos analistas ligados ao mercado financeiro, deve sofrer ajuste para cima neste segundo semestre.


Atualize-se sobre as novas regras da CVM e do Banco Central e evite riscos legais e financeiros associados a ativos digitais no curso Cripto Law


As surpresas positivas da economia foram destacadas por Mansueto na abertura do debate, citando crescimento econômico, queda no desemprego e melhora na renda do trabalhador. “Também fechamos 2023 com um saldo positivo na balança comercial de US$ 98,8 bi, algo extraordinário. O país vai girar por ano daqui em diante na casa dos US$ 100 bi ano de saldo”, comenta Mansueto, acrescentando que “a dificuldade de reduzir juro é a atividade forte”.

O ministro Haddad convocou uma análise equilibrada do que é possível fazer e do que precisa ser feito. “Desde as primeiras entrevistas minhas, o discurso é o mesmo, temos restrição monetária severa, juro real elevado e um estímulo fiscal que não produz resultados importantes para a economia. Temos que reduzir o estímulo fiscal gradualmente”, afirma Haddad, lembrando que um passivo de R$ 200 bilhões em pouco tempo não é possível. “Foram 10 anos de quadro fiscal deteriorado e caminhamos para um superavit sustentável. Não é fácil, mas possível.”

Mansueto questionou Haddad sobre a necessidade de que a política fiscal coopere com a política monetária, sem desacelerar a economia.  Em resposta, o ministro afirmou que “A política monetária já é bastante restrita, não sou eu que digo o que o BC tem que fazer, mas hipoteticamente se aperta demais o monetário quando pode ter turbulência externa e não olhar para Selic de 2025 e começo de 2026, pode abortar um processo de ampliação da capacidade instalada e terá problema de inflação”, avalia o ministro. “Tem que olhar para demanda por bens, mas também oferta de bens de capital, o fiscal tem que ajudar, claro.”


Para continuar lendo, cadastre-se!
E ganhe acesso gratuito
a 3 conteúdos mensalmente.


Ou assine a partir de R$ 9,90/mês!
Você terá acesso permanente
e ilimitado ao portal, além de descontos
especiais em cursos e webinars.


Você está lendo {{count_online}} de {{limit_online}} matérias gratuitas por mês

Você atingiu o limite de {{limit_online}} matérias gratuitas por mês.

Faça agora uma assinatura e tenha acesso ao melhor conteúdo sobre mercado de capitais


Ja é assinante? Clique aqui

Acompanhe a newsletter

Leia também

mais
conteúdos

Siga-nos

APROVEITE!

Adquira a Assinatura Superior por apenas R$ 0,90 no primeiro mês e tenha acesso ilimitado aos conteúdos no portal e no App.

Use o cupom 90centavos no carrinho.

A partir do 2º mês a parcela será de R$ 48,00.
Você pode cancelar a sua assinatura a qualquer momento.