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Fed mantém juros e Powell reforça visão de que taxa pode cair a partir de setembro
Apesar de comunicar que nenhum “guidance” foi definido, o chairman do banco central dos EUA lembra que se dados econômicos seguirem bons, redução na próxima reunião está “no jogo”
Jerome Powell, presidente do Fed, em coletiva de imprensa do FOMC em junho de 2024/Fonte: Federal Reserve
Jerome Powell, presidente do Fed, em coletiva de imprensa do FOMC em junho de 2024/Fonte: Federal Reserve

O chairman do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, sinalizou nesta quarta-feira (31), após a decisão da autoridade monetária de manter os juros no patamar de 5,25% e 5,50%, que o banco central americano precisa de mais dados positivos para iniciar os cortes. Ele disse, contudo, que a economia dos Estados Unidos caminha bem depois de tantos bons indicadores e que se ela seguir como o esperado, o corte em setembro “pode estar na mesa”.

Segundo ele, houve progresso na inflação, que sofreu uma boa redução desde o ano passado. Powell ressalta que os membros do colegiado precisam continuar monitorando os dados para ganhar a confiança necessária de que o crescimento dos preços está se encaminhando para a meta de 2% antes de reduzir os juros e nenhuma decisão a respeito das próximas reuniões foi tomada. Powell comenta que nenhum guidance foi definido e que os rumos da economia é que vão ditar os próximos passos, mas demonstra confiança na melhora do cenário.

“A questão será se a totalidade dos dados, a perspectiva, a evolução e o balanço de riscos são consistentes com a crescente confiança em inflação e mantendo um mercado de trabalho sólido. Se essa tese for encontrada, uma redução na nossa taxa pode estar na mesa tão cedo quanto a próxima reunião, em setembro”, disse Powell em coletiva de imprensa nesta quarta após a reunião do Federal Open Market Committee (FOMC), Copom dos EUA.

O chairman do Fed também ressaltou que está atento aos dois lados de seu mandato: inflação em 2% e pleno emprego, citando que o PCE foi positivo, mas ponderando que o mercado de trabalho está forte, mas não superaquecido.

No geral, as observações mais otimistas de Powell representam um alívio para o mercado, que já vem precificando há algum tempo um início do ciclo de corte em setembro.

“Hoje foi bem claro, não no comunicado, mas na conferência. Ele [Powell], basicamente, deixou claro que houve discussões reais sobre cortes nessa reunião e deu a entender que em setembro haverá um corte, destacando que agora estão focados no mandato duplo, não mais apenas na inflação. Isso foi positivo, pois era praticamente impossível ele confirmar um corte em setembro diretamente, já que não é assim que ele trabalha. No geral, foi um indicativo de corte em setembro”, comenta Jorge Souto, CIO da TC Pandhora, repercutindo o cenário pós-FOMC.

Em comunicado após a reunião, o FOMC declarou que o Comitê busca atingir o máximo de emprego e inflação na taxa de 2% no longo prazo, discurso repetido por Powell durante a coletiva. “O Comitê julga que os riscos para atingir suas metas de emprego e inflação continuam a se mover para um melhor equilíbrio. A perspectiva econômica é incerta, e o Comitê está atento aos riscos para ambos os lados de seu mandato duplo”, justificando a escolha pela manutenção do patamar atual dos juros.

Segundo a comunicação do Fed, a autoridade reforça que precisa de melhores dados econômicos para a certeza de uma inflação indo em direção à meta, ao considerar quaisquer ajustes na faixa-alvo para a taxa de fundos federais, o Comitê avaliará cuidadosamente os dados recebidos, a perspectiva de evolução e o equilíbrio de riscos. “O Comitê não espera que seja apropriado reduzir a faixa-alvo até que tenha adquirido maior confiança de que a inflação está se movendo de forma sustentável em direção a 2%.”

Leia também: Copom e Fomc vão manter os juros, mas perspectivas são divergentes


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