As emissões de debêntures incentivadas somaram R$ 88,2 bilhões entre janeiro e agosto, e já supera em 30% o volume contabilizado em todo o ano passado, informou a Associação Brasileira das Entidades dos Mercado Financeiro e de Capitais (Anbima) nesta segunda-feira (30). Esses papéis isentam o investidor do pagamento do imposto de renda e são voltados ao financiamento de projetos de infraestrutura pela Lei 12.431 de 2011.
Energia elétrica segue como o setor preferido ao responder por 39,2% das emissões, seguido por transporte e logística (23,5%), saneamento (11,9%) e petróleo e gás (8,5%). Considerando apenas um recorte de agosto, a captação por meio desse produto chegou a R$ 4,6 bilhões.
Cristiano Cury, coordenador da comissão de renda fixa da Anbima, avalia que a possibilidade de novas altas da Selic reforça a perspectiva de que as emissões de renda fixa continuem sendo predominantes no mercado de capitais. “As debêntures se destacam como instrumento mais usado pelas empresas para captação de recursos e aquelas com incentivo fiscal têm um atrativo a mais para os investidores”, diz, em nota. O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa básica de juros subiu para 10,75% ao ano na reunião de setembro.
O prazo médio das debêntures incentivadas se manteve em 12,7 anos nesse período, o mesmo patamar observado no acumulado até julho. Segundo a entidade, segue “bem acima” do contabilizado nas debêntures em geral (com e sem benefício fiscal), que ficou em oito anos no intervalo de janeiro a agosto.
As negociações de debêntures incentivadas no mercado secundário somaram R$ 26 bilhões em agosto, o segundo melhor resultado mensal de 2024. Já no acumulado do ano, segundo a divulgação feita pela Anbima, o volume chegou a R$ 179,7 bilhões, superando em 39,2% o total registrado em 2023 e acima também de todos os anos anteriores da série histórica.
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