Apesar do cenário macroeconômico adverso, os investimentos no Brasil cresceram no primeiro semestre do ano, alcançando R$ 7 trilhões, uma alta de 7,6% na comparação com dezembro de 2023, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Do total, o segmento de varejo correspondeu por R$ 4,8 trilhões do volume, enquanto R$ 2,2 trilhões foram do private, que representa os clientes com mais de R$ 5 milhões aplicados. No varejo, o destaque ficou para a Renda Fixa, com 66,5% do total dos recursos, seguida dos investimentos em Previdência (19,5%), Híbridos, que consideram ativos como fundos multimercados, cambial e fundos imobiliários, ficou com (7,3%). A Renda Variável, por sua vez, foi responsável por 6,7%.
“O private tem os seus portfólios mais diversificados, sendo 30% em renda variável, 39% em renda fixa e 20,5% em híbridos e são influenciados pelas incertezas do cenário interno e externo”, comenta Ademir Correa Junior, presidente do Fórum de distribuição da Anbima, em coletiva.
Em relação ao volume financeiro total por tipo de ativo na comparação com 2023, a renda fixa cresceu 10,1% e foi uma tendência tanto para varejo quanto para private. Já a previdência cresceu 10,8%, com mais procura pelo varejo, enquanto os híbridos cresceram 1,2%. No varejo, o crescimento dos híbridos pode ser explicado pela atratividade do segmento, principalmente pelos fundos imobiliários, que tiveram um aumento de 20%, além de isenção do imposto de renda e rendimentos periódicos.
“Aqui, o que a gente nota é que as indefinições sobre a flexibilização da política monetária nos EUA e as incertezas relacionadas principalmente ao quadro fiscal no Brasil estão impactando esses ativos com perfis mais arrojados, como o caso dos multimercados. Além disso, a Selic em dois dígitos torna mais atrativa a renda fixa”, esclarece o porta-voz da Anbima.
Na renda variável, o segmento ficou negativo em 0,5% entre dezembro de 2023 e o primeiro semestre deste ano, enquanto o private ficou negativo em 1,8% e o varejo teve variação positiva de 2,2%. Apesar de estar em último lugar no destino da alocação dos recursos, houve um leve crescimento no semestre em ações no varejo.
“Vemos isso acontecendo essa semana, claramente a bolsa voltando. Está todo mundo procurando o momento para entrar. Tem muito a ver também com esse processo educacional do investidor do varejo e agora, o que deu início a esse gatilho, é que estamos nos últimos dois meses com essa expectativa do que vai acontecer nos Estados Unidos, de baixar os juros, o que deve trazer um movimento muito forte de valorização de ativos”, aponta Correa Junior.
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