Foi anunciado nesta semana o primeiro caso de insider trading envolvendo NFTs, sigla para tokens não fungíveis. Na quarta-feira, dia 1, promotores de Manhattan, nos EUA, acusaram um ex-funcionário da OpenSea, o maior marketplace de NFTs do mundo, de ter se beneficiado financeiramente da compra de tokens com base em informações privilegiadas.

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De acordo com a acusação, Nathaniel Chastain, ex-diretor de produtos da OpenSea, comprou secretamente 45 NFTs em ocasiões diferentes com base em informações confidenciais de quais tokens seriam apresentados na página inicial da OpenSea. Ele vendia os ativos logo após eles serem apresentados e despertarem grande interesse dos investidores, normalmente por duas a cinco vezes o que pagava. O esquema ocorreu entre junho e setembro de 2021.

“Os NFTs podem ser novos, mas esse tipo de esquema criminoso não é”, ressaltou Damian Williams, procurador do distrito sul de Nova York, ao Financial Times. “As acusações contra Chastain demonstram nosso compromisso em acabar com o uso de informações privilegiadas — seja no mercado de ações ou no de blockchain.” Se for condenado, o ex-funcionário da OpenSea pode pegar até 20 anos de prisão.

Armazenados principalmente na plataforma Ethereum, os NFTs são uma espécie de certificado. Quando atrelado a um item digital, como um uma imagem, uma música ou um vídeo, por exemplo, assegura sua originalidade e exclusividade. Isso significa que cada NFT representa um ativo digital único e com garantia de autenticidade, o que explica seu sucesso entre colecionadores e investidores. De acordo com a empresa de dados Chainalysis, o mercado de NFT movimentou cerca de 40 bilhões de dólares em 2021 e mais de 37 bilhões de dólares entre janeiro e abril deste ano.

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