A gestora de recursos Fidelity, que tem 2,25 bilhões de dólares sob gestão, anunciou que vai repassar a seus clientes os custos com pesquisa e análise — o equivalente a 42 milhões de dólares ou 0,0228% dos 185 bilhões e dólares das carteiras de seus fundos de ações. A decisão é decorrente do MiFID II, sigla em inglês para a segunda diretiva de mercado para instrumentos financeiros, um conjunto de regras para o mercado europeu que entrará em vigor no próximo dia 3 de janeiro e que vai acabar com a prática de distribuição gratuita de análises.
O objetivo do MiFID II é deixar o sistema mais transparente. Atualmente, é comum que gestoras recebam relatórios de análise “gratuitamente”, em troca da utilização dos serviços de negociação dos bancos de investimento. A maioria das gestoras preferiu absorver os custos com pesquisa e análise, mas algumas, como Fidelity, Schroders, Amundi e a Deka, decidiram repassá-los para seus investidores. A justificativa da Fidelity é o fato de não querer tratar de forma diferenciada seus clientes, uma vez que não atua apenas no mercado europeu.
A Fidelity anunciou ainda um novo sistema de cobrança de taxa de performance de seus fundos de gestão ativa. Em vez de fixa, a taxa será maior se a performance exceder o benchmark e menor se ficar abaixo dele. Com isso, a gestora pretende evitar a migração de recursos para fundos passivos. O presidente da gestora, Brian Conroy, espera que outras assets sigam o mesmo caminho.
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