A proposta do primeiro–ministro britânico David Cameron de dar aos investidores poder de veto sobre o teor dos pacotes de remuneração dos executivos de companhias abertas no Reino Unido animou a gestora de recursos Fidelity Investment Worldwide. A firma, que administra US$ 246 bilhões em recursos, não só mostrou total apoio à iniciativa do ministro como divulgou outras sugestões que, na sua opinião, podem ajudar a inibir o crescimento excessivo das compensações de diretores e conselheiros.
A Fidelity pleiteia que não seja autorizado o pagamento de pacotes de remuneração variável com menos de 75% de apoio dos acionistas. Caso o percentual de aprovação fique abaixo disso, o valor da compensação que está sendo oferecido deve ser reavaliado, e uma nova proposta, submetida para análise dos investidores. Se, novamente, a sugestão tiver mais de 25% de reprovação, o presidente do comitê de remuneração deve ser obrigado a renunciar ao cargo, pede a gestora.
Para os especialistas em governança, a falta de supervisão dos investidores sobre os pacotes de remuneração variável dos executivos abriu espaço para uma discrepância entre o crescimento dos salários desses profissionais e o desempenho das companhias nos últimos anos. A Incomes Data Services aponta que os ganhos dos conselheiros das empresas pertencentes ao FTSE 100 aumentaram, em média, 49% no ano passado, contrastando com a desvalorização de 6% do índice em 2011.
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