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Copom mantém Selic em 10,5% ao ano e não dá sinalização clara sobre futuro
No comunicado, o colegiado ressaltou que a política monetária deve se manter contracionista por tempo suficiente para o processo de desinflação
Foto: Divulgação/Banco Central do Brasil
Foto: Divulgação/Banco Central do Brasil

Em decisão amplamente esperada pelo mercado, o Comite de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) manteve, de forma unânime, a Selic em 10,50% ao ano, afirmando que o cenário global incerto e o doméstico marcado por resiliência na atividade, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas demandam maior cautela. 

No comunicado, o colegiado ressaltou que a política monetária deve se manter contracionista por tempo suficiente, em patamar que consolide não apenas o processo de desinflação como a ancoragem das expectativas em torno da meta. Com isso, o Comitê disse que se manterá vigilante e que “eventuais ajustes futuros na taxa de juros serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta”.

Na avaliação do Copom, o ambiente externo mantém-se adverso, em função da incerteza sobre os impactos e a extensão da flexibilização da política monetária nos Estados Unidos, enquanto internamente o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho segue apresentando dinamismo maior do que o esperado.

Leia mais: Copom e Fomc vão manter os juros, mas perspectivas são divergentes

Para o economista-chefe do Banco Master, Paulo Gala, o comunicado não trouxe uma sinalização explicita de alta de juros. “Ou seja, o Copom vem mais leve, menos rock, não dando sinais tão claros de que pode reagir até o final do ano se a inflação continuar subindo. É um Copom menos duro e com sinais mais fracos, com sinais não tão fortes de movimento de alta de juros no Brasil”.

É importante ressaltar que, além da inflação, tão enfatizada pelo BC, a recente escalada do dólar, somada à deterioração da percepção de risco fiscal, que agora conta com o ceticismo do mercado sobre o cumprimento do resultado primário, também são variáveis adicionais que corroboram para a manutenção da Selic.

Na visão do economista do ASA, Leonardo Costa, o comunicado veio mais brando do que o esperado, já que boa parte do mercado esperava um discurso mais duro, podendo sinalizar, inclusive, um aumento da Selic nas próximas reuniões.

“O mercado esperava tom bem mais duro do que este comunicado entregou. Não alteramos nossa projeção de manutenção da taxa em 10,50% até o final de 2024, viés de alta na projeção de 9,5% para o final de 2025”, comenta Costa.  


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