As empresas captaram R$ 484,2 bilhões no mercado de capitais no acumulado dos oito primeiros meses do ano, montante recorde para o período na série histórica iniciada em 2012, de acordo com dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). O volume já supera o contabilizado em todo o ano de 2023, quando totalizou R$ 467,3 bilhões. Considerando apenas agosto, as ofertas chegaram a R$ 47,3 bilhões, volume 30,7% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado.
Segundo executivo da Anbima, as condições favoráveis do mercado de capitais, a liquidez no mercado secundário e a evolução contínua da regulação têm permitido os sucessivos recordes neste ano, mesmo com potenciais volatilidades à frente. “Vale ressaltar o impacto na economia real e o potencial que os instrumentos de dívida corporativa têm para contribuir ainda mais para o desenvolvimento do país”, diz Guilherme Maranhão, presidente do Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais da Anbima, em nota.
Mais uma vez, quem saiu na frente foram as debêntures, cujas emissões totalizaram R$ 27,1 bilhões em agosto, com crescimento de 38,9% em relação ao mesmo período de 2023. O resultado elevou o acumulado do ano a R$ 283,9 bilhões, estabelecendo um novo recorde para o período.
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Já quanto à destinação dos recursos em 2024, o investimento em infraestrutura ficou em primeiro lugar com 27,6% e, em segundo, a gestão ordinária, com uma fatia de 25,2%. Os principais subscritores nesse intervalo foram os intermediários e demais participantes ligados à oferta, com 47,2% de participação, e os fundos de investimento, com 44,9%. O prazo médio dos papéis chegou a 8 anos.
Segundo a Anbima, as notas comerciais também voltaram a se destacar, registrando o melhor resultado para o mês de agosto na série histórica, aos R$ 7,1 bilhões em emissões. Já no acumulado de 2024, o total captado com as notas comerciais foi de R$ 31,4 bilhões, montante que supera o contabilizado em todo o ano de 2023.
Instrumentos de securitização
Entre os produtos de securitização, os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) somaram R$ 4,5 bilhões em agosto, quase triplicando (187,9%) o volume registrado no mesmo período do ano passado. Nos oito primeiros meses de 2024, o valor chega a R$ 43,3 bilhões, acima de 2023 inteiro.
Já os CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) atingiram R$ 1,6 bilhão no mês, com ligeira queda de 4,5% em relação a igual intervalo em 2023. No acumulado do ano, são R$ 27 bilhões. Enquanto isso os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) totalizaram R$ 4,2 bilhões em agosto e tiveram redução de 42,4% na comparação com o mesmo mês de 2023. Por outro lado, a captação acumulada nos oito primeiros meses do ano, de R$ 39 bilhões, foi a maior já registrada nesse período.
Já nos produtos híbridos, as ofertas de FIIs (Fundos de Investimento Imobiliário) somaram R$ 2,6 bilhões em agosto, com uma redução de 23,5% em relação ao mesmo intervalo do ano passado. Já no acumulado dos oito primeiros meses de 2024, esse montante chegou a R$ 34,7 bilhões, patamar 14,8% superior ao registrado em todo o ano passado.
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