O ano de 2016 foi desafiador para a indústria de private equity. Entre janeiro e junho, as captações dos fundos de participações (FIPs) destinadas ao País somaram módicos US$ 65 milhões, o menor patamar desde 2006, ano em que a EMPEA (Associação de Private Equity em Mercados Emergentes) começou a apurar os dados. A queda é reflexo da crise econômica e também da desconfiança que atinge o setor. Investimentos malsucedidos feitos por renomadas gestoras repelem os investidores, que também assistem apreensivos aos desdobramentos da Operação Greenfield. Deflagrada pela Polícia Federal, ela apura investimentos fraudulentos feitos pelas quatro maiores fundações do País por meio de FIPs. No meio desse vendaval, um alento vem da Instrução 578 da CVM, editada em agosto. Entre as alterações determinadas pela norma, merece destaque a possibilidade de os FIPs investirem em títulos de dívida, a liberação para que apliquem até 20% do capital subscrito fora do País e a autorização para a emissão de cotas com características distintas. Mas serão as novidades criadas pela instrução suficientes para turbinar os investimentos da indústria em 2017? O ambiente econômico abrirá espaço para novas captações? Como os investidores avaliam o histórico de investimentos e retornos entregues pelos gestores? Quais desafios precisam ser superados para que a indústria de private equity se desenvolva no Brasil? Essas e outras questões foram debatidas no Grupo de Discussão M&A e Private Equity.
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Fotos: Régis Filho
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