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Varejo
Consumo aquecido

, Varejo, Capital AbertoNeste amplo setor, cabem desde supermercados, lojas de eletrodomésticos e varejo têxtil, até o comércio on-line. Mas como as maiores empresas do setor acabam vendendo um pouco de tudo, atuando tanto em lojas físicas quanto no comércio eletrônico, fica cada vez mais difícil especificar a qual segmento cada uma delas pertence.

Em uma das lojas da Companhia Brasileira de Distribuição (CBD), por exemplo, que reúne as bandeiras Pão de Açúcar, Compre Bem, Sendas, Extra e Extra-Eletro, é possível encontrar desde um pãozinho francês até um computador de última geração, além de roupas e calçados. Trocando o pãozinho pelo chiclete, acontece algo semelhante na Lojas Americanas. Mas vamos nos concentrar na atividade principal da companhia e dividir o setor varejista em dois grandes grupos: os supermercados (que envolve o consumo não-cíclico, segundo definição da Bolsa de Valores de São Paulo — Bovespa), e as lojas de departamento — consumo cíclico (sazonal).

Independentemente do segmento, o desempenho do varejo como um todo deriva de um cenário interno favorável, em razão de uma conclusão óbvia: as pessoas precisam de dinheiro para poder comprar. Isso se consegue com a redução da taxa de juros, a diminuição da taxa do desemprego e o aumento da renda média salarial. Enfi m, com medidas capazes de aquecer a economia. Interessados em incrementar as vendas, os varejistas vêm concedendo grande volume de crédito , Varejo, Capital Aberto(um exemplo são os cartões de marca própria), o que leva economistas a enxergar um período de estrangulamento: se a renda não acompanhar o aumento do consumo, haverá forte inadimplência.

Segundo os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referentes a 2004, o comércio varejista (excetuando veículos e combustíveis) responde por uma receita operacional líquida de R$ 333,5 bilhões, englobando 1,162 milhão de empresas, que empregam 5,083 milhões de pessoas.

SUPERMERCADOS — O segmento de auto-serviço alimentar somou 72.884 lojas em 2005, que faturaram R$ 106,4 bilhões e empregaram 801 mil pessoas. As 20 maiores empresas do setor detêm 50,6% do faturamento, sendo que os três maiores competidores juntos — Pão de Açúcar, Carrefour e Wal-Mart — têm pouco mais de 1,2 mil pontos-de-venda e concentram 38% do mercado. O Estado de São Paulo é a principal praça, responsável por 38,6% do faturamento bruto, considerando as 500 maiores empresas de supermercados. O Rio Grande do Sul, em segundo lugar, responde por 10,2% do total.

O mix dos supermercados vem passando por profundas transformações nos últimos anos. Para reduzir a dependência de produtos alimentícios e de higiene e limpeza, que oferecem margens de lucro menores, as redes estão investindo nos chamados “não-alimentos”: roupas, eletroeletrônicos, informática e outros serviços e segmentos do varejo, como farmácias, postos de gasolina e laboratórios fotográficos.

LOJAS DE DEPARTAMENTO — A rigor, uma loja de departamento enquadra-se no estilo auto-serviço, estruturada por departamentos específicos e com faturamento composto por uma variedade de produtos, sem que nenhum deles predomine (ou seja, responda por 51% do faturamento ou mais).

As empresas têm investido na abertura de lojas com o objetivo de explorar novas regiões, como é o caso da Renner no Nordeste. A expansão dos pontos-de-venda é fundamental para consolidar as estratégias deste setor. O varejo têxtil vem mostrando bons índices de crescimento, ao atrelar expansão física ao aumento do crédito, já que 70% a 80% das vendas deste segmento são financiadas.

Em relação à forte expansão do crédito, as estratégias utilizadas pelas lojas englobam a ampliação do prazo de pagamento e a intensificação das parcerias com instituições financeiras, a fim de não comprometer recursos próprios. Essas parcerias levam os pontos-de-venda a oferecer um número maior de serviços financeiros — como títulos de capitalização, seguros, pagamentos de contas, empréstimo pessoal —, que acabam atraindo os clientes às lojas e, assim, incentivando-os a comprar. A Riachuelo é um exemplo dessa aposta. Quanto à inadimplência, as taxas de juros cobradas pelas redes são, na visão de alguns especialistas, mais do que suficientes para compensar o risco.

Já o varejo eletrônico atinge um público de maior poder aquisitivo. É uma forma alternativa de venda, com vantagens para o cliente — que compra sem sair de casa — e para o varejista, que não precisa investir em novas lojas para aumentar seu faturamento. Em compensação, a empresa deve ter um sistema de informatização eficiente para o controle dos estoques, uma central de atendimento ao consumidor e uma logística muito bem estruturadas, além de contar com centros de distribuição que garantam a rapidez da entrega. No Brasil, as maiores empresas de venda on-line são a Americanas.com (da Lojas Americanas) e o Submarino, que opera exclusivamente no varejo eletrônico. Para as grandes varejistas de têxteis, como a Renner, há uma dificuldade intrínseca ao negócio que ainda não foi resolvida: como o cliente “experimenta” a roupa? Nestes casos, a internet acaba funcionando apenas como uma vitrine, chamando o consumidor para a loja.


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