Sabe aquelas histórias empresariais que começam com o sonho de fazer algo novo, do zero, diferente de tudo o que se tem por aí? Pois é, aqui não vamos falar de nada disso. Em consolidadoras como a Brasil Brokers e a Tempo Participações, não há a figura do empreendedor clássico, mas sim de craques em finanças que não pensam exatamente em criar uma empresa, mas sim em ganhar muito, muito dinheiro.

Para atingir esse objetivo, na visão deles, é preciso ser grande. Nada a ver com crescimento orgânico, não. É crescer comprando negócios bem arrumados que outros já fizeram decolar. É trazer cada vez mais empresas para o seu guarda-chuva, uma atrás da outra, no ritmo que as oportunidades aparecerem. Se o processo se tornar alucinante, azar do cansaço. Numa das histórias que veremos a seguir, foram dez aquisições antes de fazer o IPO. Em dez meses.

Na bolsa de valores, as holdings já são conhecidas há bastante tempo. Mas agentes consolidadores agressivos como Brasil Brokers e Tempo são novidade. De tão fragmentadas por dentro, elas se aproximam do conceito de um fundo de private equity. Permitem que o investidor tenha acesso a uma variada carteira de empresas de capital fechado atuantes em um determinado ramo de negócios. Sinergias? Algumas, claro, mas esse não é o forte. A tônica é extrair todas as possibilidades existentes de ganhar escala, faturamento e lucro no segmento escolhido. E ter tudo dominado.