“As boas condições da economia brasileira foram fundamentais para o sucesso do Novo Mercado, pois permitiram que muitas companhias se listassem nele. Há vários países asiáticos com ótimas regras de governança cujos mercados de capitais não decolaram, porque a economia não ajudou. O Novo Mercado teve, portanto, um efeito ’turbinador’. Hoje, ele tem grandes desafios. É essencial que suas regras sejam aprimoradas para que não se tornem obsoletas. A adoção de um comitê de auditoria pelas empresas listadas é extremamente importante. O aumento do número de companhias sem um controlador definido também torna cada vez mais fundamental a figura do conselheiro independente, para fiscalizar a administração. Por isso, acredito que o percentual mínimo de 20% exigido atualmente já não dá conta da realidade do mercado brasileiro. A reprovação de propostas relevantes na reforma do Novo Mercado mostra que a condução de alterações no segmento não deve ficar nas mãos das companhias. Não conheço nenhuma outra bolsa do mundo em que seja necessário o voto positivo de dois terços dos emissores para aprovar alterações nas regras de listagem. As empresas devem ser ouvidas, mas não cabe a elas ter a palavra final. Esse poder deve ser da BM&FBovespa, e, caso uma companhia fique descontente com alguma nova regra, ela tem o direito de sair. Acho improvável, contudo, que isso ocorra, devido aos danos de imagem que causaria.”
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