Conheça o estudo completo neste link.
A equidade de gêneros é um tema cada vez mais frequente na sociedade — e não poderia ser diferente dentro das empresas. Tanto na teoria, como reivindicação, quanto na prática, conforme muitos negócios passam a responder de forma positiva à questão. Por perpassar diversas áreas corporativas, esse debate não deixaria imunes os conselhos de administração.
De acordo com uma pesquisa global da Deloitte, já se verifica uma participação maior das mulheres nos conselhos de administração. Na primeira versão do estudo “Women in the boardroom”, realizada em 2011, foram identificados 13 países com diversidade de gêneros significativa nos conselhos. Em 2015, o número subiu quase quatro vezes, para 49. O Brasil está no ranking, na 32º posição entre os países cujas empresas têm mais mulheres no board.
Para Camila Araújo, sócia-líder do Centro de Governança Corporativa da Deloitte, as nações mais desenvolvidas apresentam uma maior participação das mulheres em cargos de gestão. “Foram nações pioneiras e continuam dando exemplo ao mundo”, observa.
Já a respeito de países como o Brasil, um dos últimos colocados na pesquisa, Camila afirma que eles ainda “têm um grande desafio pela frente, principalmente no amadurecimento da nova cultura de diversidade nos negócios e também no dia a dia dos cidadãos”. Uma pesquisa a respeito dos avanços da governança corporativa no Brasil revelou uma pequena redução na participação de mulheres em conselhos de administração, de 41% para 38% em dois anos. O estudo “A caminho da transparência: a evolução dos pilares da governança corporativa” foi realizado pela Deloitte em 2015.
“Embora a redução seja um ponto importante, devemos destacar que o número de conselhos de administração em empresas brasileiras aumentou e que, por causa da baixa disponibilidade de mulheres conselheiras, naturalmente sua participação diminuiu no universo total”, pondera Camila. Por um lado, há uma profissionalização da gestão nas empresas brasileiras, por meio da estruturação de mecanismos de governança, como conselhos e comitês — o que, destaca Camila, é muito positivo. “Por outro lado, notamos essa diminuição da diversidade nesses conselhos”, acrescenta.
No Brasil, há um projeto de lei em tramitação no Congresso Nacional que almeja aumentar a participação de mulheres para 40% das posições de conselhos até 2022, em empresas paraestatais e do governo. Na avaliação de Camila, essa pode ser uma iniciativa importante. Ela diz, no entanto, que a melhor forma de aumentar essa participação de maneira eficiente e sustentável pode ser o fortalecimento da cultura de gêneros — que, de certa forma, tem ganhado corpo.
“Acredito que, em pouco tempo, e por força das novas gerações que chegam ao mercado de trabalho, a discussão sobre gêneros deixará de existir naturalmente e os papéis profissionais se mesclarão. Temos executivas capacitadas, competentes e prontas para assumir essas posições”, avalia. “Talvez seja o momento para demonstrar ao mercado que essa já é uma realidade no Brasil”, completa.
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