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Monitorar riscos para preservar o caixa

Os momentos de crise evidenciam para as empresas as ameaças que rondam o caixa e as dificuldades de financiamento para os principais clientes e fornecedores. Nesse ambiente, é imprescindível que os CFOs tomem medidas que ajudem no gerenciamento dos riscos e na proteção das finanças das organizações.

A turbulência eleva o custo do crédito e diminui a disponibilidade de recursos, além de aumentar a chance de inadimplência dos clientes. A montagem de uma estratégia eficaz de gestão e preservação do caixa é sempre uma tarefa importante, mas, diante desse quadro, torna-se imperativa.

São numerosas as medidas que podem garantir uma posição segura:

• Manutenção de balanço e plano de negócios atualizados. As empresas devem saber quanto valem seus ativos e atualizar o plano de negócios. “As medidas ajudam os executivos de finanças a gerenciar em tempos difíceis. Além disso, os credores, à procura da certeza de que a administração tem um controle rígido da situação da empresa, esperam ver as ações implementadas”, diz Marcello de Francesco, sócio da área de Consultoria em Gestão de Riscos da Deloitte.

• Melhoria de controles e reportes. Disciplina nos negócios e nos controles internos são fundamentais. As empresas devem considerar a exigência de informações financeiras tempestivas (projeções de fluxo de caixa, contas a receber vencidas e listagens de contas a pagar) e a alta administração deve receber em tempo hábil dados que possam servir de base para a identificação de quaisquer tendências preocupantes. Também é recomendável um plano de contingência.

• Identificação do que é devido (e do que pode ser). A estratégia deve incorporar em projeções de fluxo de caixa as necessidades conhecidas de liquidez (como renovação de linha de crédito ou pagamento que precisa ser feito) e considerar eventos que possam provocar falta de caixa (queda de vendas, inadimplência de clientes ou “apertos” de fornecedores).

• Alinhamento da folha de pagamento à realidade atual do negócio. Redimensionar a folha é desconfortável, mas é um dos aspectos mais importantes da estratégia de preservação de caixa em tempos de crise. “A medida sinaliza para os credores que a administração não se esquiva dos problemas”, destaca Francesco.

• Avaliação do balanço para encontrar outras fontes de caixa. As empresas precisam buscar alternativas para liberar dinheiro antes de recorrer a empréstimos. Antecipação de recebíveis e vendas de bens não essenciais estão entre as opções.

As organizações podem, ainda, adotar medidas como a ênfase à elaboração de orçamento e prestação de contas; substituição de custos fixos por variáveis; reforço dos vínculos com os clientes (atenção às mudanças de padrão de compras); fortalecimento das relações com fornecedores, com uma classificação conforme a importância que têm para o negócio; busca de uma operação eficiente; desafio aos investimentos de capital, procurando equilíbrio entre necessidades de gestão de curto prazo e investimentos para crescimento em longo prazo; consulta aos especialistas do “dia a dia”, de forma a se obter ideias para cortar gastos desnecessários; aumento da conscientização sobre fraudes, com controles internos adequados e criação de canal de denúncias; gestão tributária eficiente; e visão geral do panorama dos negócios da empresa para além da crise.

“É apenas uma questão de tempo até que o ambiente econômico se estabilize. Quando isso acontecer, as empresas que tiverem um controle mais rígido sobre seus processos operacionais terão mais chances de prosperar”, completa Francesco.

 
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