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Depois de sanear a dívida que um dia foi igual ao seu faturamento anual, Net amplia base de clientes e ganha liquidez nos pregões
  • Cláudio Gradilone
  • setembro 1, 2007
  • Especial, As Melhores Companhias para os Acionistas 2007, Relações com Investidores, Reportagens, Edições, Temas

Fundada em 1991 e listada em bolsa em 1996, a empresa de televisão por assinatura Net já passou por poucas e boas no mercado de capitais. Da crise da Ásia, em 1997, seguiu para a efervescência dos negócios com ações de internet em 1999 e 2000 e enfrentou a traumática e aparentemente interminável renegociação de sua dívida.

O balanço da Net foi vítima do mal que afetou quase todas as empresas de TV paga no início desta década: a convergência entre a necessidade de ampliar sua infra-estrutura, a dependência de equipamentos e programas cotados em dólar e a explosão dos preços da moeda americana em 2002. Nesse período, todas as companhias sofreram, e a Net não foi exceção. “A empresa chegou a dever quase 100% de seu faturamento anual”, diz João Adalberto Elek Júnior, diretor financeiro e de Relações com Investidores da companhia. “Hoje ela deve apenas 0,8%, mas chegar a esse resultado exigiu tempo e esforço.”

Boa parte da energia foi gasta na comunicação com os acionistas. A Net se esforça para manter seus investidores informados sobre o que acontece na empresa e é uma frequentadora assídua das reuniões com analistas realizadas pela Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec). “Participamos de reuniões sistematicamente há 33 trimestres”, diz Elek. Não por acaso, a Net ficou em terceiro lugar entre as Melhores Companhias para os Acionistas 2007 no grupo que possui entre R$ 5 bilhões e R$ 15 bilhões de valor de mercado. Com um TSR de 74,2%, que lhe garantiu nota 7,6 neste quesito em sua categoria, obteve nota 7,0 em governança corporativa no cômputo geral. A geração de valor para o acionista medida pelo indicador Economic Value Added (EVA) foi menos brilhante — 3,7%, o que lhe permitiu alcançar apenas nota 3.

Houve muito o que informar aos acionistas e profissionais do mercado durante o saneamento financeiro da empresa. Para equilibrar suas contas, a Net chegou a interromper os pagamentos de juros da dívida entre 2002 e 2005, época da entrada do bilionário mexicano Carlos Slim em seu capital por meio da Embratel. A guerra contra a inadimplência não foi a única medida drástica a ser adotada. “Renegociamos contratos com fornecedores e mudamos a estratégia de captação de clientes”, diz Elek. “No final do processo, a Telmex entrou como sócia estratégica e reforçou o capital da companhia.” Hoje, Slim — que, recentemente, foi considerado o homem mais rico do mundo — possui 49% do capital votante e 35% do capital total da empresa. As Organizações Globo possuem os demais 51% do capital votante, mas apenas 6% do capital total. Os minoritários são um grupo relevante, que possui 59% do capital total. Além do bloco de controle, a Net conta com cerca de 300 investidores institucionais e mais de 10.000 pessoas físicas entre seus acionistas.

O esforço de comunicação, aliado a boas perspectivas, garantiu a maior liquidez dos papéis

Quem possui ações da Net há tempos sabe que precisou ter muito estômago para aguentar solavancos. A demora e a incerteza afetaram duramente as ações, que ainda não retornaram aos níveis anteriores à crise. Um levantamento da empresa Economática, especializada em informações sobre companhias abertas, mostra que, em valores atualizados de setembro de 2007, as ações preferenciais da Net estavam cotadas a R$ 126 em dezembro de 2001. Em junho de 2003, pior momento da crise, elas recuaram para menos de R$ 4. Hoje estão cotadas a pouco mais de R$ 30. Mesmo muito abaixo do pico, esses papéis vêm apresentando bons resultados na Bovespa. Em 2006, as ações ordinárias valorizaram-se 61% e as preferenciais subiram 51%, para um ganho de 32,9% do Índice Bovespa.

O esforço de comunicação, aliado às boas perspectivas para a empresa, garantiu o aumento da liquidez dos papéis. “O giro era de US$ 840 mil por dia em 2006 e hoje está em US$ 5 milhões”, diz Elek, incluindo ações e American Depositary Receipts (ADRs), negociados no mercado de balcão eletrônico americano Nasdaq. O interesse justifica-se não só pela volta dos números ao azul, mas também pelas boas perspectivas futuras para a companhia. Os números do segundo trimestre de 2007 mostraram um crescimento de 18% no número de clientes de televisão por assinatura e um avanço de 78% no número de clientes de serviços de internet banda larga. “Há muito espaço para crescimento”, diz Elek. “O Brasil tem 45 milhões de domicílios e pelo menos um terço desse total poderia assinar nossos serviços.” Para isso, basta que as autoridades reguladoras do mercado de telecomunicações sejam um pouco mais complacentes com as metas de qualidade e permitam mais flexibilidade nos prazos de atendimento e de reparação de defeitos, reivindica. “Só assim poderemos otimizar nossa estrutura e baixar nossos custos, aumentando o número de clientes em potencial.”


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