Quando foi chamado para integrar o grupo de trabalho coordenado por José Roberto Mendonça de Barros, o economista e então professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP Antonio Gledson de Carvalho tinha acabado de retornar dos Estados Unidos, onde concluiu seu doutorado na Universidade de Illinois. Nessa temporada de estudos, um relatório do renomado professor de finanças Rafael La Porta, intitulado Corporate Ownership Around the World, fisgou sua atenção. O trabalho mostrava que o desenvolvimento do mercado de capitais norte-americano não era fruto somente da sua vocação liberal, como alguns acreditavam, mas também da ótima proteção concedida aos acionistas minoritários. “No Brasil, a proteção era baixíssima”, ressalta Carvalho. Em 1998, o acadêmico havia conduzido um estudo para a Bovespa sobre os esforços das bolsas mundiais para aprimorar seus padrões de governança. Foi nessa época que conheceu o Neuer Markt, um segmento de listagem criado pela Bolsa de Frankfurt para acolher as empresas de tecnologia que emergiam com o boom da internet. O segmento exigia, por exemplo, que as companhias nele listadas divulgassem trimestralmente seus balanços conforme os padrões norte-americanos ou os internacionais e que possuíssem um market maker para suas ações. A ideia de segmentar empresas no pregão serviu de inspiração para a Bovespa lançar o Novo Mercado. Na opinião de Carvalho, um dos principais desafios para o Novo Mercado atualmente é a adoção de um código de fusões e aquisições. “O tag along só funciona bem se o código existir”, salienta o economista. Em 2010, a BM&FBovespa encomendou a produção de um código que esmiuçasse o tema ao advogado Nelson Eizirik. A primeira versão foi entregue, mas ainda não entrou em vigor.
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