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Diretoria Executiva
Gestão responsável

No capítulo anterior começamos a falar das boas práticas que influenciam diretamente a performance do negócio. Passamos por diversos pontos que você deve observar no conselho de administração, todos essenciais para que este órgão conduza estrategicamente a companhia e a mantenha no rumo certo. Agora vamos para a segunda etapa. Para que essas diretrizes se transformem efetivamente em resultados, é preciso uma diretoria competente para implementa-las na prática. E, desta forma, transformar os ganhos obtidos em valorização para as suas ações.

Assim como o conselho de administração, a diretoria tem uma série de boas práticas a seguir para criar valor aos acionistas. Agora que a governança corporativa é parte do seu check list para a escolha de uma companhia, recomendamos que você fique bem atento a elas.

Podemos começar pela transparência – ou, como gostam de dizer os profissionais de Relações com Investidores (RI), o disclosure. Você já aprendeu que acompanhar de perto o desempenho da empresa onde decidiu investir seu dinheiro é fundamental. Mas como fazer esse monitoramento se a companhia não abrir seus números? Em outras palavras, como observar de perto se ela não for 100% transparente?

Um bom disclosure existe quando as informações divulgadas pela companhia são transmitidas de forma ampla, igualitária e simultânea a todos os acionistas. Essa divulgação deve ocorrer de um modo didático e objetivo, com a exposição de todos os aspectos – favoráveis e desfavoráveis – relacionados a uma determinada situação. É importante que a companhia tenha uma área de Relações com Investidores bem preparada para cuidar da divulgação dessas informações e para atender às dúvidas do mercado.

Essa transparência pode se manifestar de diversas formas. Um site de RI moderno e funcional, repleto de conteúdo, é uma delas. Um relatório anual claro, objetivo e bastante informativo é outra. O ponto de partida para análise do grau de transparência de uma S.A., contudo, está nas demonstrações financeiras. Um relatório analítico de desempenho nos moldes utilizados por companhias presentes em mercados exigentes como o norte-americano é muito bem-vindo. A divulgação de demonstrativos financeiros úteis aos cálculos dos analistas de mercado, como a demonstração do fluxo de caixa, também é vista como uma forma de municiar os investidores com as informações que realmente interessam para a sua tomada de decisão.

Outra boa prática de gestão que você deve observar é a forma de remuneração dos principais executivos. É recomendável que eles tenham parte de sua remuneração vinculada à performance das ações da companhia para que se sintam motivados a trabalhar com o objetivo de valorizá-las. Essa é também uma forma de incentivar uma visão de longo prazo sobre o negócio, o que é bastante desejável quando se trata dos executivos que pilotam a companhia no dia-a-dia.

A organização e exposição dos princípios seguidos pela S.A. é outra iniciativa bem recebida, especialmente por alinhar o comportamento dos funcionários. Hoje é comum algumas companhias possuírem um código de ética com os seus princípios. Uma dica é avaliar se o que está escrito ali é efetivamente colocado em prática. Se não for, eis um mau sinal. É possível que o código de ética tenha sido formulado apenas para que a companhia pareça alinhada com as modernas práticas de governança.

Você Sabia Que…

Especialistas afirmam que as boas práticas de governança corporativa podem ajudar, inclusive, a baixar o custo de captação de empréstimos por parte das empresas? O fato é que as medidas adotadas reduzem o risco dos credores. Boas práticas como transparência, remuneração de executivos atrelada ao resultado e respeito a um código de ética minimizam o risco da companhia e, portanto, seu custo de captação junto a credores. Pode-se fazer o mesmo raciocínio para o mercado de ações. As S.As que abriram o capital em 2004 e 2005 e listaram suas ações no Novo Mercado – nível máximo de governança corporativa da Bovespa – conseguiram cotações melhores (comparativamente a seus lucros) do que a maior parte das empresas já listadas na bolsa mas não pertencentes ao Novo Mercado.


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