Para os que preferem o processo da busca à conquista do resultado, a adesão às práticas de governança corporativa é um bom exercício. Em princípio, a governança não propõe um fim, mas sim um caminho contínuo no sentido de algo novo a ser incrementado ou modernizado. É como se a governança fosse parecida com o que muitos chamam de felicidade. Não se trata de um estado completo e definitivo, mas sim de um somatório de circunstâncias e de uma procura constante.

Por isso, nesta edição especial, decidimos privilegiar cada uma dessas circunstâncias, e não propriamente um estágio pleno de governança. Destacamos elementos que fazem diferença no conjunto de boas práticas e companhias que se empenham na adoção e execução de cada um deles.

Trata-se da terceira edição da série especial Coletânea de Casos, que a CAPITAL ABERTO passou a publicar a partir deste ano. Começamos com o tema IPOs, depois tratamos de Relações com Investidores e, desta vez, abordamos a governança corporativa. Assim como nas edições anteriores, não se trata de um ranking. Nosso objetivo com esta publicação é eleger empresas que tenham boas histórias para contar nos tópicos escolhidos, e não as melhores companhias em cada caso.

Da mesma maneira que não traduz um estado definitivo, a governança está longe de representar uma ciência exata. Por isso, alguns dos temas selecionados motivam controvérsias, inclusive em sua classificação como “boa prática”. São situações recomendadas por especialistas, mas cuja pertinência deve ser avaliada por cada empresa. Esperamos que os exemplos a seguir possam ajudar nesse diagnóstico.