Codim orienta companhias sobre reuniƵes restritas

O Comitê de Orientação para Divulgação de Informação ao Mercado (Codim) lançou em novembro seu terceiro parecer de orientação, desta vez sobre reuniões restritas. O objetivo é evitar a divulgação seletiva ou segmentada de informações relevantes que ainda não sejam de conhecimento público. Estão abrangidos dentro do conceito de reunião restrita todos os contatos individuais ou em pequenos grupos entre a companhia e os participantes do mercado — sejam eles profissionais de investimento, aplicadores, jornalistas ou fornecedores — cujo conteúdo venha a afetar o preço das ações.

“Pode ser até um telefonema”, esclarece Hélio Garcia, relator do pronunciamento. Para evitar deslizes, o comitê orienta as empresas a limitar o número de porta-vozes autorizados e a manter um registro do teor dessas reuniões. O vazamento involuntário de fato relevante exige da companhia, segundo o parecer, esforço para “divulgação imediata, homogênea e simultânea” das informações.

O próximo passo do Codim é colocar em audiência pública um parecer sobre guidance. O material, já discutido internamente, deve ser disponibilizado ainda este ano. Para 2008, a meta é publicar outros cinco pareceres. Na pauta estão temas como a publicação de fatos relevantes e a segmentação de público — este último para reforçar o princípio de que as informações públicas devem ser transmitidas de acordo com o destinatário. “Um bom começo é a divisão dos departamentos de RI, com áreas exclusivas para o pequeno aplicador”, comenta Haroldo Levy, representante da Apimec Nacional e coordenador do Codim. Os outros três temas da agenda são o mau uso de informação privilegiada (insider information), o alinhamento com padrões internacionais de divulgação e as melhores práticas de apresentação de resultados.


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