A convergência das normas brasileiras de contabilidade para o International Financial Reporting Standard (IFRS) é um processo de grandes dimensões e um enorme desafio para as empresas nacionais. O avanço do padrão internacional para demonstrações financeiras sinaliza o quanto a contabilidade está globalizada hoje em dia. O movimento também facilita a concretização de benefícios importantes, como a oportunidade de atração de mais investimentos e o acesso às linhas de crédito internacionais, já que os números dos negócios serão entendidos em qualquer parte do mundo.
A realização de treinamentos sobre o IFRS é um passo essencial para colocar todos os envolvidos da organização a par das mudanças que irão ocorrer. |
O conjunto de vantagens do IFRS pode ser exemplificado na sua comparação com o US Gaap, ou até mesmo ao BR Gaap, quanto aos parâmetros utilizados para a publicação de princípios nas demonstrações financeiras. Enquanto o padrão norte- americano estipula um rígido conjunto de regras, o IFRS requer apenas a apresentação do princípio empregado para o lançamento de cada informação no balanço. No IFRS, pesa muito mais o bom senso e o detalhamento da razão de determinada informação constar ou não da demonstração. Ponto a favor do novo padrão global de demonstrações financeiras.
Para enfrentar os impactos e, futuramente, usufruir as facilidades do novo padrão, as organizações que atuam no Brasil terão de cumprir um longo dever de casa até 2010, quando as instituições financeiras e as companhias abertas deverão produzir as demonstrações consolidadas, comparadas à de 2009, seguindo as normas internacionais. Atualmente, uma das maiores dificuldades está na falta de familiaridade e conhecimento do IFRS por parte de todos os envolvidos nos trabalhos de preparação, análise e interpretação dos balanços.
É preciso promover um forte processo de aculturamento às normas pelos contadores, diretores corporativos, membros dos conselhos de administração, auditores, analistas e investidores. A tradução e a adequação dos pronunciamentos do Conselho Internacional de Normas Contábeis (IASB, de International Accouting Standards Board), com cerca de 1,7 mil páginas, são etapas importantes desse processo, ajudando a ampliar o conhecimento sobre a norma no País.
Já em razão da deficiência de conhecimento sobre o padrão internacional, a adoção de iniciativas para a disseminação do IFRS se faz urgente. A situação é o fato de os profissionais de contabilidade estarem profundamente envolvidos nas rotinas diárias das companhias e não terem muita disponibilidade para passar por uma requalificação.
Com essa necessidade, a realização de treinamentos sobre o IFRS é um passo essencial para colocar todos os envolvidos da organização a par das mudanças que irão ocorrer. É um investimento que trará um acúmulo de conhecimentos e de retornos aos trabalhos. Para melhor suprir essa necessidade, uma das saídas mais rápidas está na aplicação de cursos e-learning e na contratação de profissionais e organizações com experiência na implementação do IFRS em outros países para ministrar cursos dentro das companhias. A longo prazo, é preciso envolver as universidades e adequar os currículos acadêmicos. Estima-se que o País conta com cerca de 750 instituições de ensino com a cátedra de contabilidade, mas nenhuma delas com experiência em IFRS.
Assim, o nosso país, desde já, busca tornar os seus profissionais aptos a produzirem as demonstrações no novo modelo e as entenderem no padrão global e também assegura uma nova geração de profissionais alinhada ao ritmo acelerado da contabilidade globalizada.
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