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Cada vez mais governança

Com a evolução dos processos de IPO no Brasil, praticamente um terço das companhias listadas na Bovespa já está sob o regime dos segmentos especiais de governança corporativa — Nível 1, Nível 2 e Novo Mercado. Das 433 empresas, 82 estão no Novo Mercado, 18 no Nível 2 e 40 no Nível 1, totalizando 140 companhias nos níveis especiais de governança. Esses números constam do boletim informativo da Bovespa, que também faz uma comparação com os mercados da América Latina, destacando a Bolsa de São Paulo, com mais de US$ 5 bilhões negociados em IPOs, seguida pelas Bolsas do México e Buenos Aires, com pouco mais de US$ 500 milhões negociados. Nas bolsas internacionais, os negócios em IPO da Bovespa estão, entre os mercados emergentes, em segundo lugar, logo atrás de Xangai e à frente de Hong Kong, duas bolsas representativas do mercado asiático.A despeito da recente crise financeira no mercado imobiliário internacional, as expectativas continuam positivas. Por um lado, a oferta pode ficar um pouco mais restritiva; por outro, ganha-se em termos qualitativos. As exigências dos investidores tendem a aumentar, e o sucesso no IPO, portanto, dependerá de uma preparação ainda melhor das empresas candidatas a captar recursos no mercado acionário. De qualquer forma, a abertura de capital continuará sendo uma alternativa bastante atraente visando à sustentabilidade dos negócios. Um trabalho de consultoria realizado a pedido da Bovespa indicou que o número de companhias listadas na Bolsa de São Paulo só não é maior por falta de governança em muitas empresas.

Nesse sentido, muitas empresas vêm trabalhando fortemente no alinhamento de suas práticas administrativas com os níveis mínimos de governança corporativa exigidos pela Bovespa. Em geral assessoradas por consultores, as firmas passam a adotar as chamadas boas práticas de governança corporativa, proporcionando maior transparência e segurança ao futuro investidor. A introdução das práticas de governança tem sido realizada, de maneira geral, através dos seguintes passos: criação ou mudança do conselho de administração — com a contratação de conselheiros independentes —, criação de comitês no conselho de administração (alguns deles de acordo com a necessidade estratégica da empresa), entrada de investidores estratégicos ou financeiros como acionistas, criação da área de RI (Relações com Investidores) — e de espaço próprio no website da empresa — e reestruturação societária, em alguns casos com a indicação de um diretor-presidente não ligado à família controladora.

Empresários percebem as boas práticas como meio de institucionalizar e perpetuar o modelo de negócios, além de viabilizar a estruturação mais clara do planejamento estratégico

É interessante notar que os empresários percebem cada vez mais a governança corporativa como um meio de institucionalizar e perpetuar o modelo de negócios, além de viabilizar a estruturação mais clara do processo de planejamento estratégico. Adicionalmente, há um ganho de imagem e maior facilidade no acesso a recursos para o financiamento dos investimentos necessários. Todos esses fatores influenciam o apreçamento da empresa em um processo de IPO, colaborando para a valorização de seus papéis.


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