A preocupação socioambiental deve ser uma prioridade nas empresas. A frase é mais uma daquelas máximas que não podem ser esquecidas por um profissional de RI, sobretudo quando ele está diante de uma platéia de analistas do mercado de capitais. Cada vez mais, porém, as companhias sentem a necessidade de demonstrar esse comprometimento na prática aos olhos do investidor. Neste contexto, por que não demonstrar a preocupação com a sustentabilidade compensando, com o plantio de árvores, todo o carbono emitido durante as reuniões realizadas com a bandeira da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec)?

A iniciativa foi adotada primeiramente pela Nossa Caixa, em junho. E, em setembro, já ganhou mais uma adesão, do Bradesco. Ambos contrataram uma empresa para calcular a emissão de carbono decorrente do uso de energia elétrica, ar-condicionado, papel, água, carros, transporte aéreo e da geração de resíduos nessas reuniões. Assim, conseguem estimar quantas mudas deverão cultivar para ressarcir o meio ambiente daquele dano. No caso do banco estadual, o projeto irá resultar no plantio de 200 espécies de árvores, por reunião, por meio da Fundação SOS Mata Atlântica, em zonas de reflorestamento autorizadas pelo Ibama. “Notamos uma demanda dos próprios investidores sobre essa questão”, informa Soraya Mônaco Freitas, gerente de RI da Nossa Caixa. Já para o diretor de RI do Bradesco, Milton Vargas, “trata-se de uma excelente oportunidade para reafirmar a preocupação da instituição com o aquecimento global e o futuro do planeta”.