Já são cerca de 120 empresas listadas nos segmentos especiais da Bovespa, mas a qualidade da governança corporativa no Brasil ainda deixa a desejar — contrariando a percepção geral, baseada principalmente no número maciço de companhias estreantes que optaram pelo Novo Mercado desde 2004. Na comparação com o universo total das companhias abertas, é possível verificar como o movimento é restrito: 73% das companhias (301 de 412) não fazem parte de nenhum dos três níveis de governança. As conclusões estão baseadas em levantamento elaborado pelo professor Alexandre Di Miceli, da FEA/USP (veja quadro). “É importante considerar apenas os Níveis 2 e Novo Mercado para efeitos de estudo sobre governança, uma vez que o Nível 1, muito básico, não tem espaço neste contexto”, afirma.
São seis os pontos mais carentes de melhorias em governança, na avaliação do professor. O primeiro deles é a estrutura de propriedade, como a concessão de tag along de maneira mais ampla. Até o momento, o benefício é oferecido por pouco menos de 30% das empresas listadas. No quesito conselho de administração, o especialista sugere, entre outros, a instalação de comitês e a adoção de processos eficientes de avaliação do órgão. Di Miceli propõe ainda discussões sobre a avaliação da eficiência da remuneração variável utilizada e sobre a contratação de profissionais independentes sobrecarregados, com participação em conselhos diversos.
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