Um relatório divulgado pela consultoria McKinsey, em meados de maio, sugere que os planos de pensão privados com benefício definido estão com os dias contados. As estimativas apontam para o congelamento ou encerramento de algo entre 50% e 75% desses planos, um processo que foi acelerado por mudanças recentes nos sistemas regulatório e contábil. Com isso, uma verdadeira revolução nas estratégias de alocação deverá, até 2012, roubar cerca de metade dos recursos investidos em renda variável (US$ 1,53 trilhão), com destaque para as carteiras de ações de longo prazo — que correspondem a até dois terços do portfólio desses fundos.
A mudança seria decorrente das tentativas de se buscar uma composição que equilibre com mais eficiência o risco das carteiras. Nesse sentido, o estudo aponta os títulos corporativos de renda fixa com foco no longo prazo e os chamados investimentos alternativos, como os fundos hedge e de private equity, como principais destinos dos recursos realocados. Os derivativos também devem ter uma participação maior nos portfólios.
Mas há quem julgue as conclusões do estudo demasiadamente apocalípticas. Para esses críticos, o Reino Unido recentemente passou por um acentuado processo de reestruturação da indústria de planos de pensão, marcado pelo congelamento e encerramento de 70% dos planos de benefício garantido. Lá, os 200 maiores gestores de fundos migraram recursos da renda variável para os títulos de renda fixa de longo prazo e ativos alternativos, mas, segundo dados publicados pelo jornal Financial Times, o peso das carteiras de ações de longo prazo no total do portfólio foi alterado apenas marginalmente. Isso porque os retornos das novas opções de investimento voltaram a se normalizar, após um breve período em que superaram os retornos médios obtidos no mercado de ações.
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