IPOs de empresas fora de SP crescem no último ano

ed44_p008-009_pag_2_img_001O domínio do estado de São Paulo nos IPOs dos últimos anos ainda é claro, mas a saudável diversificação das regiões que “exportam” companhias para a bolsa de valores tende a continuar. Levantamento da Bovespa, realizado a pedido da Capital Aberto, aponta a entrada, em 2006, de 26 empresas, oriundas de nove estados diferentes — além de duas com sede no exterior. São Paulo representou 46% desse total, contra 75% nos anos 2004 e 2005 (12 das 16 companhias que abriram o capital nesse período eram paulistas). 

Neste ano, por enquanto, a concentração ainda é na mais industrializada cidade do País. Dos oito primeiros IPOs, apenas um não é paulista. Em 2006, a Região Nordeste apareceu com três representantes: Equatorial Energia (Maranhão), M. Dias Branco (Ceará) e Brasil Ecodiesel (originariamente do Piauí, mas com sede no Rio de Janeiro desde março). O Sul teve três casos: Lupatech (Rio Grande do Sul); Datasul (Santa Catarina) e Positivo Informática (Paraná). “São Paulo segue em destaque, mas a diversificação continua”, confirma Francisco Turra, sócio fundador da Integral Trust, que atua na estruturação de operações de IPO.

Para o gerente de desenvolvimento de empresas da Bovespa, Wang Horng, a proporção da capital paulista tende a cair, mas sem que o estado perca a liderança. “Em seguida, podemos destacar Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Ceará e Pernambuco também têm empresas importantes”, observa.

Sobre um possível desaquecimento da demanda pelos IPOs, Horng enfatiza que ainda é cedo para tirar qualquer conclusão. Recentemente, as ações da JBS saíram com preço inferior ao mínimo estimado e as do Banco Pine, pelo piso. Além disso, a oferta da Even foi reduzida a menos da metade. “A Bovespa continua sendo muito procurada pelas empresas interessadas em ingressar no pregão e estes podem ser casos localizados”, afirma.


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