Setor de saúde amplia seus representantes na bolsa

A chegada de novos setores à bolsa brasileira é uma característica da retomada de ofertas iniciais de ações (IPOs) iniciada em 2005. Foi assim com o segmento de meios de pagamento (CSU Cardsystem e American Banknote) no início do ano e tudo indica que se repita na área de saúde que, até 22 de setembro, com a chegada da Medial Saúde, contava apenas com uma companhia, a de medicina diagnóstica Dasa, listada em novembro de 2004.

As próximas estréias não devem demorar. Estão em análise na CVM os registros de oferta da Odontoprev, de planos odontológicos, e da Cremer, de produtos médico-hospitalares, que planeja retornar à bolsa. Há também expectativas de aberturas de capital ainda não confirmadas — como a do laboratório Fleury.

Fanny Oreng, analista do Unibanco, explica que, especialmente na área de medicina diagnóstica, os negócios são altamente pulverizados e o ganho de escala, crítico para o crescimento. Uma idéia da pulverização dos negócios é dada pelo número de laboratórios de medicina diagnóstica listados na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS): 18 mil em todo o País. Conquistar escala também é fundamental para acompanhar o processo de evolução tecnológica, que impacta justamente os serviços de medicina preventiva e de diagnósticos por imagem — os de maior valor agregado. Estes exigem investimentos consideráveis em equipamentos e o volume de exames processados é determinante para as margens de lucro.

As perspectivas de médio e longo prazo são animadoras para a área de planos de saúde. Um relatório do banco de investimentos Merrill Lynch, compara a atividade no Brasil, hoje, à dos EUA na década de 60. Lá, os gastos com planos de saúde correspondiam então a 5,7% do PIB; agora, chegam a 16,2%. O crescimento real projetado pelo banco para o segmento brasileiro é de 5,1% ao ano, nos próximos cinco. Essa demanda maior virá principalmente do aumento da expectativa de vida da população e seu impacto sobre a pirâmide etária.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estimam que os indivíduos com mais de 65 anos, que hoje correspondem a 6% do total, representem, em 2050, 19%. O aumento na renda das famílias e na taxa de emprego também deve ampliar a demanda, pois tende a estimular a migração de parte dos usuários dos sistemas públicos para o privado.

 


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