A princípio, seria lógico imaginar que a retomada das ofertas públicas iniciais de ações (IPOs) roubasse negócios na área de fusões e aquisições (M&A). Mas, na prática, não tem sido bem assim. A quantidade de operações de M&A ocorridas até junho é 35% superior à do mesmo período do ano passado e 43% maior que em 2004. E mais: dentre os fatores que afetaram o crescimento do mercado de M&A brasileiro recentemente, o que tem maior relevância qualitativa é justamente o aumento dos IPOs nos últimos 18 meses.
Isso porque parte dos recursos captados com a abertura de capital foi investida pelos emissores na aquisição de concorrentes logo após a sua entrada na bolsa. Foi este o caso da Cosan que, num período de cinco meses, realizou três aquisições e investiu 69% do montante captado com o IPO. Outras duas recém-chegadas também saíram às compras logo de cara. A Totvs, primeira empresa do segmento de TI da Bovespa, adquiriu sua principal concorrente, a RM Sistemas, 35 dias após a estréia como companhia aberta, empenhando 44,7% do valor captado. A Lupatech, que produz e comercializa válvulas industriais e peças metálicas, adquiriu a argentina Itasa. (Veja detalhes no quadro).
Além desse efeito mais imediato, a possibilidade de saída via mercado de capitais estimula novas captações para os fundos de private equity — o que tende a intensificar o movimento de M&A no médio prazo. Raul Beer, sócio da PriceWaterhouseCoopers, ressalta que os fundos estão captando e trazendo dinheiro novo. “Ao contrário de 2002, o ritmo não se desacelerou nesse período de volatilidade e expectativas pré-eleição.”
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