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Uma viagem só de ida
Cabe à família avaliar com cuidado os prós e contras de abrir o capital de sua companhia e tomar a decisão com maturidade

 

Uma das questões fundamentais que afeta grande parte das empresas familiares ao atingirem sua estabilidade é a relação com o mercado de capitais. À esta altura, definir este posicionamento torna-se essencial para o desenvolvimento da empresa, tanto por questões intrínsecas à família e sua relação com a propriedade e a gestão, como pela visão que o mercado passará a ter dos acionistas controladores.

É importante ressaltar que vivemos, neste momento, um processo em que testemunhamos cada vez mais famílias empreendedoras tornando-se partícipes do mercado, motivadas pelos efeitos da globalização e da estabilidade econômica que propiciam as condições para esta tomada de decisão.

Compartilhar a experiência da Werner & Associados neste processo é o intuito do nosso boletim Família & Negócios no Mercado de Capitais, a ser veiculado bimestralmente pela Capital Aberto. Aqui pretendemos nos aprofundar nas questões que levam os empreendedores a participar (ou não) deste mercado, que tende a crescer e atingir a maturidade existente nas economias mais avançadas.

Para enveredar por este caminho, os controladores da empresa familiar devem considerar pelo menos três fatores básicos: ter confiança na sua empresa; visualizar um futuro para ela de forma clara e objetiva; crer no mercado de capitais como uma ferramenta essencial para sua existência; e ter confiança no Brasil — um fator ímpar nesta decisão.

O crescimento e a perpetuação da empresa familiar não estão ligados somente ao mercado de capitais. Mas é importante salientar que a decisão de recorrer a ele inclui aspectos positivos e negativos.

Dentre as vantagens de entrar no mercado de capitais, cabe ressaltar o compromisso da família controladora com os processos de gestão baseados na transparência, eqüidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa — quatro elementos que, certamente, contribuirão para a sua perenidade. Dar liquidez à parte do patrimônio é outro benefício. Possibilita reduzir em muitas instâncias o risco patrimonial dos controladores mediante a transformação de suas ações em capital e a busca de alternativas patrimoniais.

Não menos importante é o fato de que empresas comprometidas com os melhores padrões de gestão tendem a encontrar (e manter) profissionais que valorizam o seu posicionamento. A presença de sócios externos que demandam resultados motiva os controladores a sustentar seus princípios e valores, um desafio essencial para que a empresa sobreviva no longo prazo.

A venda das ações dos controladores permite a diversificação dos investimentos e a redução do risco patrimonial

Na outra ponta, estão questões um tanto mais complexas de serem solucionadas. É preciso avaliar a capacidade dos empreendedores e sucessores em questão — e também dos herdeiros e gestores — de acreditarem na idéia de que abrir mão de parte do controle não representa uma perda mas, sim, um valor agregado à sua condição de gestores de um patrimônio compartilhado. É fundamental esta maturidade porque, uma vez exposta, a empresa passa a ter todas as suas ações monitoradas pelo mercado de capitais.

Ao mesmo tempo em que aprecia e reconhece o sucesso, o mercado é implacável com fracassos. Um verdadeiro turbilhão emocional que demanda a constante preocupação com os acionistas que, não sendo da família, obrigam os seus membros a buscar a união no processo, maximizando, assim, não somente o seu patrimônio, mas o de todos.

O desafio da decisão é inexorável. E a resposta a esta questão é repleta de facetas que precisam ser contempladas de forma inequívoca. Uma vez comprometida, a família deve encarar esta viagem como apenas de ida. Afinal, mudar de opinião no meio do caminho seria uma estratégia excessivamente penosa e de alto custo.


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