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Mudando de assunto

A Capital Aberto chega a sua 30ª edição embalada pelo sucesso das últimas ofertas públicas de ações. Sim, esse não é apenas o assunto do momento. Mas aquele capaz de gerar uma série de outras pautas instigantes e completamente novas para o mercado de capitais brasileiro, algumas delas exploradas por nossa reportagem na presente edição.

Foi na esteira do sucesso dos IPOs que surgiu uma legião de novatas na bolsa de valores avaliadas a preços de fazer inveja à velha guarda do pregão paulista. Quem poderia imaginar uma companhia prestadora de serviços de transporte aéreo como a Gol valendo quase cinco vezes mais que a Acesita, maior produtora de aço inoxidável da América Latina? Ou valendo o mesmo que uma Usiminas, cujo faturamento é cinco vezes superior ao dela? Comparações que certamente mereciam um esforço de reportagem para entender o que se passa, afinal, no mercado de ações brasileiro e nas planilhas de cálculo dos analistas e investidores.

Também no rastro dos preços inéditos atribuídos às companhias da nova safra emergiu uma nova classe de bilionários, candidatíssima a tomar um lugar nada desprezível na lista das grandes fortunas brasileiras. Fizemos as contas do quanto valeriam as ações dos controladores da Gol se eles vendessem todos os seus papéis numa nova oferta de ações, a preços de hoje, e, bingo! Eles chegariam perto dos irmãos Safra, os número 1 da lista da Forbes no ano passado.

Mas a reviravolta provocada pela última leva de IPOs não pára no ranking dos afortunados. A estrutura de capital das companhias abertas brasileiras também começa a ser repensada. Depois de Lojas Renner, a primeira companhia a se tornar totalmente pública após uma oferta da totalidade do capital pelo antigo controlador, agora é a vez da Embraer, que também anunciou um plano dos seus acionistas para se desfazer da posição de controle vendendo ações em bolsa. Uma idéia que, se pegar, pode transformar o mercado de capitais tal como o conhecemos hoje no Brasil e fazer nascer uma geração de companhias completamente nova, pilotadas por uma poderosa equipe de executivos e sob propriedade de uma vasta legião de acionistas.

A iniciativa da Embraer, se confirmada, traz também um outro ingrediente. Para vender seus papéis com o carimbo do Novo Mercado, a gigante do setor aéreo terá que transformar as ações preferenciais em ordinárias – numa relação de troca que ainda poderá render muito pano para a manga quando outras companhias decidirem seguir o mesmo trilho. Uma discussão que está só no começo, mas que já resolvemos dividir com alguns agentes do mercado. Ainda no campo dos cenários que começam a se desenhar com a perspectiva de companhias sem controlador, o advogado Marcelo Godke comenta no Espaço Regulamentação a oportunidade de se criar, no Brasil, um mercado para compra e venda de empresas em bolsa de valores – nos moldes do que, lá fora, se costuma chamar de market for corporate control. Como vocês podem ver, o mercado está mudando. E os assuntos, também.


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