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Controles internos fecham o cerco contra fraudes
Pesquisa Ernst & Young revela que esse é o mecanismo mais eficiente para identificar a ocorrência de desvios nas empresas

Os controles internos estão firmando-se como ferramenta eficiente para combater fraudes. Pesquisa realizada pela Ernest & Young com 145 empresas de grande porte no Rio de Janeiro e em São Paulo revela que é por esse mecanismo que se identifica a maior parte dos desvios nas organizações. Responsáveis por 42% das descobertas, os controles internos apresentam resultados mais efetivos que denúncias (28%) e auditorias internas (21%). É uma boa notícia, pois mostra um maior grau de maturidade das empresas no combate às fraudes. Ao dispor de mecanismos preventivos e corretivos e boas práticas de governança, as organizações se tornam menos suscetíveis ao universo de riscos corporativos e reduzem a probabilidade de perdas.

A implantação de controles internos adequados tem um custo – e os executivos sabem disso – mas essa é uma questão que parece não incomodar. Segundo a pesquisa, 73% dos participantes acreditam que o investimento é importante para minimizar o risco de fraudes, tanto que pretendem melhorar esses sistemas. De fato, é preciso investir em aperfeiçoamento constante, pois os controles internos não são estáticos, ou seja, devem acompanhar as transformações nos processos organizacionais. Quem pensa de forma contrária, pode criar brechas que deixem a empresa vulnerável a ações indesejadas.

Além de investir no aprimoramento dos controles internos, as empresas não devem abrir mão de ferramentas complementares de investigação de fraudes. A análise de dados, por exemplo, é uma aliada de peso na identificação de delitos cometidos internamente, origem de 79% das ações fraudulentas segundo pesquisa da Ernst & Young.

Utilizando softwares específicos que cruzam informações e cobrem 100% da massa populacional ou de dados, essa tecnologia permite descobrir a existência de empregados fantasmas, dados duplicados, horas extras indevidas e outros delitos observados no ambiente corporativo. Esse recurso ainda é utilizado de forma tímida pelas organizações. Mesmo com grande parte de suas informações administradas por sistemas, gestores de negócios e de finanças ainda não se deram conta dos benefícios que a análise de dados pode proporcionar.

Outro recurso importante à disposição das empresas são os canais de denúncia anônima (hot lines). Bastante comuns nos Estados Unidos, eles começam a ser utilizados com frequência no Brasil e já mostram resultados.

De acordo com o levantamento da Ernst & Young, quando existe um canal de denúncia o percentual das empresas que conseguem identificar casos de fraude sobe de 61% para 78%. Para ampliar ainda mais sua eficiência, é importante encorajar empregados, fornecedores e clientes a relatar suas suspeitas, além de divulgar amplamente a existência desse canal e seu papel na detecção de fraudes. Mas, acima de tudo, é fundamental demonstrar o comprometimento da alta administração, primeiro passo para a formação de uma cultura organizacional ética, favorável à percepção e à identificação de fraudes.


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