Dois anos e algumas boas histórias

A Capital Aberto tem o privilégio de completar o seu segundo aniversário com uma edição cheia de boas histórias para contar. Aqui estão reunidos temas que ganharam fôlego na mesma época em que esta publicação imprimia suas primeiras tiragens e que foram definitivos para o mercado de capitais virar a mesa e combater o desânimo que lhe assolava até meados de 2003.

A virada começou ainda no final daquele ano, com os primeiros sinais de retomada das ofertas públicas de ações e da entrada de novas companhias na bolsa. No início de 2004, CCR rompeu o marasmo com uma oferta de novas ações. Em seguida, foi a vez da Natura protagonizar uma abertura de capital depois de dois anos inteiros sem uma empresa nova aparecer na bolsa.

A partir daí seguiram-se uma série de outras ofertas de ações, algumas iniciais, outras não, mas todas seladas por compromissos com boas práticas de governança corporativa e listadas nos níveis diferenciados da Bovespa. Consolidava-se ali um padrão de comportamento que o mercado havia imposto a seu modo, a partir das suas próprias regras e não daquelas que lhe estavam disponíveis pela Lei das Sociedades Anônimas. Junto com os níveis diferenciados da Bolsa crescia a auto-regulação, modelo que foi ganhando a preferência de várias entidades do mercado e agora desponta, em vários momentos, na forma de novos e variados códigos de boas práticas.

Enquanto as companhias desembarcavam na bolsa, o programa de popularização seguia ganhando corpo e colocando o investidor pessoa física no radar dos profissionais de relações com investido- res. A maior parte das ofertas públicas de ações foi desenhada para favorecer a participação desse investidor e, tanto nas companhias já listadas como nas recém-chegadas, o desafio foi aprender os caminhos para se comunicar com esse público desconhecido e numeroso.

Mas o mercado de ações não foi o único a atrair interessados. Outras formas de captação despontaram e algumas mais tradicionais – como as debêntures – já batem recorde em 2005. A novidade ficou por conta dos mecanismos de securitização, com destaque maior para os Fundos de Investimento em Direitos de Creditórios (FIDCs). Além de exibir uma rentabilidade atrativa para os investidores, os FIDCs deram às companhias, inclusive as de capital fechado e porte médio, a oportunidade de buscar recursos no mercado de capitais utilizando seus recebíveis.

Os últimos dois anos foram também o momento de afirmação de uma indústria que vinha crescendo timidamente, mas agora parece ter ganhado confiança. Os fundos de private equity encontraram na bolsa de valores o caminho para uma venda satisfatória de suas participações acionárias e agora se lançam numa segunda rodada de investimentos, em busca de novas companhias que possam ser preparadas para, futuramente, dividir o capital com milhares de investidores. Um círculo virtuoso que, a despeito das ainda desestimulantes taxas de juros praticadas pelo governo, promete um novo curso para o mercado de capitais brasileiro.


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