As transações de compra e venda de empresas, conhecidas pela abreviação M&A (do termo em inglês mergers and acquisitions), são equivalentes aos leilões de arte promovidos por grandes galerias como Sotheby’ s e Christie’s: charme, conteúdo e bandeja de ouro de boa grife são os fundamentos básicos da venda e da distribuição. Movimentaram mundialmente US$ 5,5 bilhões em 350 transações no ano passado, destacando-se a liderança de “advisors” como Goldman Sachs, JP Morgan e Merrill Lynch.
No centro dessas operações está a avaliação econômico-financeira das companhias envolvidas, ciência na qual o professor Aswath Damodaran, da Stern Business School, assume o papel de “guru” internacional e influencia toda uma geração de profissionais. Por aqui, fez discípulos como Roy Martelanc, Rodrigo Pasin e Francisco Cavalcante, que acabam de publicar o livro Avaliação de Empresas – Um Guia para Fusões & Aquisições e Gestão de Valor, da editora Pearson Prentice Hall.
Martelanc e Cavalcante são professores da FEA/USP e Pasin é um ativo operador de M&A. No estilo editorial Pearson-Financial Times, o trio produziu um guia de consulta rápida com aplicação prática dos princípios de análise financeira de empresas para melhor entendimento das negociações de fusões e aquisições.
Avaliação de empresas – um guia para Fusões & Aquisições e gestão de valor Roy Martelanc, Rodrigo Pasin e Francisco Cavalcante Editora Pearson Education |
Em 10 capítulos, o livro começa pelo conceito de avaliação pelo modelo de Fluxo de Caixa Descontado e passa por componentes macroeconômicas como inflação, câmbio e risco Brasil. Aborda também a subjetividade implícita no valor de uma companhia ao ser construída a pirâmide de ativos tangíveis e intangíveis – estes últimos, como sempre, complexos de mensurar, ainda que fundamentais dentro das mais modernas teorias de avaliação.
No capítulo sobre fusões e aquisições, os autores procuram mostrar como avaliar as sinergias envolvidas no processo de M&A pelo método do Fluxo de Caixa Descontado, e mensurálas de maneira adequada para justificar eventual ágio. “A obra preenche um espaço que persistia na literatura tradicional, em que se encontravam apenas comentários genéricos sobre geração de riqueza como objetivo principal da administração financeira”, afirma o professor de finanças Alberto Borges Matias, especialista que assina o prefácio do livro. Pode-se dizer que o livro se apresenta como referência básica para o tema e oportuna contribuição brasileira à literatura de M&A.
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