Prever o comportamento dos seres humanos é um exercício com razoável chance de erro. Por isso mesmo, é um conforto para investidores poder contar com estruturas eficientes de governança corporativa. Além de incentivar comportamentos bons, as práticas de governança funcionam, principalmente, para prevenir surpresas negativas. Como os acontecimentos mudam, e as pessoas também, é sempre bom dispor de mecanismos de controle com competência para impedir deslizes que arranhem a imagem da companhia e o bolso dos seus acionistas — principalmente, o bolso dos que estão mais distantes, os minoritários.

São essas as estruturas que aparecem descritas neste anuário, o primeiro do gênero, produzido a partir de uma parceria da CAPITAL ABERTO com o Centro de Estudos em Governança Corporativa (CEG) da Fipecafi. Sem nenhuma pretensão de eleger os melhores ou mais arcaicos modelos, reunimos informações de 97 companhias abertas sobre conselhos de administração, comitês, conselho fiscal, controles internos, códigos de conduta e direitos dos acionistas. E deixamos para o leitor a chance de fazer o seu próprio ranking dessas companhias, mas não sem antes informá-lo sobre as referências mais recentes acerca dos principais itens analisados na pesquisa.

Agradecemos ao CEG por trazer a ideia que originou este anuário e à equipe da Capital Aberto que, do departamento de marketing à redação, engajou-se em buscar a precisão dos dados aqui publicados. Destacamos também o trabalho da jornalista Carolina Bridi que, com disposição e competência, cuidou para que as informações fossem devidamente checadas pelas respectivas companhias. Por fim, agradecemos aos profissionais de RI que se dedicaram a apurar e revisar informações.