Um novo produto voltado ao agronegócio promete agitar o mercado de capitais nos próximos meses. Trata-se dos fundos de investimento nas cadeias produtivas agroindustriais (Fiagros), cujas ofertas podem ser registradas de forma provisória e experimental, de acordo com regulação criada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A expectativa é que esses fundos invistam especialmente em títulos de crédito, como certificados de recebíveis do agronegócio (CRAs) e imobiliários (CRIs). Segundo informações disponíveis no site da CVM no dia 2 de agosto, duas gestoras já protocolaram pedidos de registro de Fiagros: a Santa Fé Investimentos e a Riza Asset Management. Os fundos de ambas são voltados para o público geral, com oferta via Instrução 400 da CVM, e considerados como Fiagros do tipo imobiliário.
Quais as vantagens e desvantagens desses veículos em comparação com outros produtos financeiros? Qual a expectativa dos gestores de recursos em relação à receptividade dos Fiagros pelo investidor? A regulamentação provisória da CVM atende aos anseios do mercado? O que pode melhorar?
Para discutir essas e outras questões, convidamos para um encontro na Conexão Capital: Mayra Pádua, sócia e head de estruturação da Wealth High Governance (WHG), e Pedro Freitas, sócio da XP Inc., atuante na área de investment banking com foco no setor do agronegócio. Para mediar a conversa, contamos com a presença de Luis Peyser, sócio fundador do i2a Advogados e coordenador da Comissão de negócios imobiliários e investimentos alternativos no Instituto Brasileiro de Direito Empresarial (Ibrademp).
O encontro on-line aconteceu no dia 9 de agosto de 2021.