Na última semana, o pedido do presidente Jair Bolsonaro para trocar o comando da Petrobras causou rebuliço no mercado de capitais. Ao indicar o general Joaquim Silva e Luna para substituir Roberto Castello Branco, economista ligado ao ministro da Economia Paulo Guedes, o governo se tornou alvo de críticas por parte dos investidores, que temem os efeitos negativos da ingerência política na petroleira.
A preocupação gerou reflexos deletérios na bolsa de valores, no câmbio, no risco-país, nos juros futuros, além de revisão generalizada nas avaliações de bancos e agências de classificação de risco em relação às estatais do País, agora vistas com mais pessimismo. O episódio também traz mais uma vez para o centro do debate questões relacionadas à Lei das Estatais e às práticas de governança corporativa em companhias de capital misto: serão essas estruturas suficientes para impedir o atual intervencionismo do governo?
Para debater essa e outras questões, convidamos para um encontro na Conexão Capital: Fábio Coelho, presidente da Associação de Investidores no Mercado de Capitais (Amec) e Francisco Petros, conselheiro da Petrobras entre 2015 e 2019 e sócio do escritório Fernandes, Figueiredo, Françoso e Petros Advogados. Para mediar a conversa, contamos com a presença de Henrique Barbosa, sócio do Barbosa & Barbosa Advogados.
O evento aconteceu dia 25 de fevereiro de 2021.