Em junho, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) propôs novas regras para os Brazilian Depositary Receipts (BDRs). A proposta surge apenas dez meses após a reforma da regulamentação desses certificados, em 2020. À época, o foco das mudanças foram as companhias locais listadas no exterior, como Stone, XP e PagSeguro. Agora, o alvo são empresas com receitas e operações predominantemente no mercado internacional, mas que queiram captar recursos no Brasil por meio de BDRs.
A possibilidade de a CVM revisitar as regras já era aventada pelo mercado, uma vez que fragilidades percebidas no arcabouço regulatório geraram divergências dentro da própria autarquia. Os casos mais emblemáticos nesse sentido foram as ofertas de Aura Minerals, Navios South e G2D. Quais aprendizados essas emissões trouxeram? O que ainda pode ser melhorado? Como as regras recentes propostas pela CVM impactam os emissores? Desde a última reforma, qual foi a evolução percebida pelos investidores no mercado de BDRs?
Para discutir essas e outras questões, convidamos para um encontro na Conexão Capital: Ana Laura Magalhães, fundadora da ExplicaAna e sócia da XP Inc., e Felipe Prado, sócio da área de mercados financeiro e de capitais do BMA Advogados. Para mediar a conversa, contamos com a presença de Renato Vilela, professor do Insper e do FGVLaw.
O evento on-line aconteceu no dia 08 de julho de 2021.