Há décadas o Brasil enfrenta as mesmas adversidades. Em 2020, o País ficou na 57ª posição no tradicional Anuário de Competitividade Mundial feito pelo IMD World Competitiveness Center, que comprara o ambiente econômico e social de 64 nações para gerar inovação e se destacar no cenário global. Nos quesitos educação e finanças públicas, o País ficou na última colocação. No que diz respeito à economia, o cenário tampouco é animador. O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil caiu 4,1% em 2020, consagrando o ciclo dos anos de 2010 como a pior década de que se tem registro em mais de um século. Mas engana-se quem coloca toda a culpa na pandemia de covid-19 — a atual conjuntura foi agravada pela crise sanitária, mas não foi causada por ela, conforme observa o economista Gustavo Franco em seu livro “Lições Amargas: Uma História Provisória da Atualidade”, publicado em maio deste ano.

Por que o Brasil não consegue buscar soluções para problemas seculares que atrasam o seu desenvolvimento? Quais os motivos da estagnação econômica brasileira? O que é preciso ser feito para que o País se torne a nação que deseja?

Essas e outras questões foram respondidas pelo economista Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central no governo FHC e sócio fundador da Rio Bravo Investimentos, em encontro na Conexão Capital. Ele foi entrevistado por Peter Jancso, sócio na Jardim Botânico Investimentos (JBI) e colunista da Capital Aberto.

O encontro aconteceu no dia 2 de agosto de 2021.