Em maio, a Câmara dos Deputados concluiu a votação do Projeto de Lei Complementar 146/19, também conhecido como Marco Legal das Startups. Foram aprovadas sete das dez emendas do Senado Federal ao projeto, que prevê regras diferenciadas para o setor, que está em plena expansão. Em 2020, as soluções para o varejo, saúde e educação apresentadas pelas startups brasileiras chamaram a atenção de investidores e captaram o valor recorde de 19,7 bilhões de dólares. E, neste ano, os ventos continuam favoráveis. No dia 27 de maio, por exemplo, a QuintoAndar captou 300 milhões de dólares em sua quinta rodada de investimento e atingiu valor de mercado de 4 bilhões de dólares, tornando-se a segunda startup mais valiosa da América Latina, atrás apenas do Nubank.
Embora notícias como essa sejam cada vez mais comuns, o ambiente para inovação no Brasil passa por uma fase crítica. De acordo com o Índice Global de Inovação (IGC), o Brasil ocupa a 62ᵃ posição, entre 131 países, o que é incompatível com o fato do País estar entre as 15 maiores economias do mundo. O que explica esse cenário? Até que ponto o Marco Legal das Startups será capaz de impulsionar o ecossistema de inovação no País? Quais os méritos e as fraquezas da lei? Como os setores público e privado podem incentivar a criação e o desenvolvimento de startups brasileiras disruptivas?
Para discutir essas e outras questões, convidamos para um encontro na Conexão Capital: Rodrigo Afonso, diretor presidente do Grupo Dínamo, que reúne líderes do ecossistema de startups; e Fabrício Bertini Pasquot Polido, advogado especialista em startups do escritório L.O. Baptista. Para mediar a conversa, contamos com a presença de Cássio Spina, conselheiro de empresas e fundador da Anjos do Brasil, entidade criada para fomentar o investimento-anjo e o empreendedorismo brasileiro.
O encontro foi on-line e aconteceu no dia 01 de junho de 2021.