Investidores do mercado de ações terão mais um indicador para avaliar o desempenho de suas estratégias de alocação. Trata-se do Ibovespa B3 BR+, um índice amplo que está sendo lançado pela B3 e vai combinar as empresas participantes do Ibovespa B3 com as empresas brasileiras listadas no exterior que tenham Brazilian Depositary Receipts (BDRs) negociados no país.
A partir do dia 12 de agosto, o mercado terá acesso à primeira carteira do Ibovespa B3 BR+ com 90 ativos, sendo 85 ações do Ibovespa B3 e 5 BDRs de empresas brasileiras: Nubank, Stone, XP Investimentos, PagSeguro e Inter. “O novo índice tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos com maior negociabilidade e representatividade na bolsa, incluindo ações, units e BDRs”, explica Ricardo Cavalheiro, superintendente de Índice da B3.
Sobre os BDRs que vão compor o índice e a participação relativa, Cavalheiro afirmou que “por enquanto é um exercício ainda preliminar, não são os números que vão ser efetivamente publicados com relação à participação das ações no novo índice, mas serve como referência para já ter um entendimento de qual deve ser o perfil, pelo menos nessa primeira observação, com relação ao índice”.
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Na coletiva de apresentação do novo índice, a B3 revelou além dos cinco prováveis nomes que integrarão o Ibovespa ampliado, também os percentuais teóricos. Nubank (ROXO34) teria 7,14% de representatividade no indicador, ficando atrás apenas da Vale (VALE3) com 11,21%. Outros BDRs que devem compor o índice têm participação bem menor, com destaque para XP (XPBRD31), com 1,75%, na 14ª posição.
Para os BDRs ingressarem no índice, informa a B3, é preciso que a listagem primária do ativo lastro do BDR seja feita em bolsa dos Estados Unidos e atendam a alguns critérios: representar 85% do Índice de Negociabilidade, em ordem decrescente, que inclui ações/units e BDRs, no período de vigência das três carteiras anteriores, e ter 95% de presença no pregão no período de vigência das três carteiras anteriores. Também é necessário ter participação maior ou igual a 0,1% de volume financeiro no mercado a vista, no período de vigência das três carteiras anteriores; e não ser classificado como penny stock, ou seja, ter ações negociadas por valor superior a R$ 1 em mais de 30 pregões consecutivos.
Em uma simulação comparando as duas carteiras teóricas – Ibovespa x Ibovespa B3 BR+ – no período de janeiro de 2020 a julho deste ano, o desempenho foi relativamente próximo. Enquanto o indicador com os BDRs incluídos acumulou 10,17% de retorno, o Ibovespa ficou com 8,90%. “Essa nova tese de investimento pode ser utilizada para o lançamento de novos produtos, como ETFs, opções, COEs, ou outros que utilizem índices como a sua base de referência”, comenta Cavalheiro, acrescentando que a B3 tem mais de 60 índices com diferentes recortes do mercado brasileiro.
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