Ceder às tensões do mercado é o primeiro passo para se desperdiçar boas oportunidades — as imediatas e, também, as futuras. Essa conclusão surge da observação de um grupo de pequenas e médias empresas brasileiras que têm evitado esse comportamento. Em um momento caracterizado como incerto, elas têm mantido o crescimento e alcançado resultados. É o que mostra a 10ª edição do levantamento As Pequenas e Médias Empresas que Mais Crescem no Brasil, realizado pela Deloitte em 2015 em parceria com a revista Exame.
O que essas empresas envolvidas na pesquisa fizeram de diferente? A questão, na verdade, é o que elas não deixaram de fazer. Em comum, existe o fato de nenhuma ter descuidado de um fator fundamental: a manutenção do foco em suas visões de desenvolvimento para médio e longo prazos. Desde 2012, elas vêm se antecipando a um cenário que se tornou a cada ano mais desafiador e centralizando os esforços em formação de pessoas, melhora de processos e investimento em tecnologia, por exemplo. Retrair-se não foi uma opção — nem de longe.
A estratégia, mais do que crescer agora, é planejar o próximo salto de expansão. “As empresas que se prepararem desde já serão as mais propensas a acessar o mercado e a receber recursos financeiros no futuro, quando as janelas reabrirem”, diz Heloisa Montes, líder de Strategy, Brand & Marketing da Deloitte e responsável técnica pela pesquisa. “Estar preparado, porém, exige mais do que investimento no longo prazo. Significa também olhar para a vida real, que é onde os negócios acontecem, para compreender e aproveitar oportunidades específicas desse cenário de mercado”, acrescenta.
Um primeiro passo é observar a própria cadeia de negócios. Pequenos e médios fornecedores ganham envergadura nestes momentos mais complexos. “Por serem ágeis, essas empresas inovam e se adaptam mais rapidamente. Elas antecipam novas necessidades de clientes como empresas de grande porte, que tiveram seus desafios ampliados”, afirma Heloisa. “O risco é se tornarem reféns de poucos grandes clientes ou de um único setor. Diversificar a carteira é essencial, inclusive para mostrar-se ainda mais atraente para o mercado no futuro.”
A seguir, algumas conclusões da pesquisa da Deloitte.
Visão de médio e longo prazos — As pequenas e médias empresas que mais cresceram se destacaram por manter, mesmo em anos de menor avanço da economia brasileira, investimentos cruciais, como em treinamento de profissionais e sistemas de gestão.
Foco em inovação — A inovação também teve forte influência sobre a cultura das organizações, que exercitaram uma visão mais aberta a novas perspectivas na solução de problemas e a capacidade de lidar com maior diversidade.
Novos produtos e serviços — Antecipando-se à concorrência, as pequenas e médias empresas que aproveitaram sua estrutura mais enxuta e flexível para incorporar novas demandas de clientes em seus processos saíram na frente.
Criação e otimização de processos — A melhora e a revisão de processos para redução de gastos incluíram o investimento em softwares de gestão e o estabelecimento de métricas e indicadores de desempenho, fundamentais para definição de objetivos e estratégias.
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