Conheça o estudo completo neste link.
Movimentos recentes no mundo corporativo e na administração pública reforçam, cada vez mais, a importância dos mecanismos de garantia de conformidade nas organizações. Para implementá-los, a empresa deve conhecer claramente os riscos específicos sobre esse tema aos quais está exposta. “Eles podem abranger aspectos legais e contratuais, além de envolver relações com colaboradores, fornecedores, clientes, concorrentes, governo e sociedade”, afirma Edson Cedraz, sócio da área de Consultoria em Gestão de Riscos Empresariais da Deloitte.
A identificação da origem dos fatores que potencializam esses riscos e a forma de captura desses aspectos são geralmente apoiadas por programas estruturados de compliance. Estudo realizado pela Deloitte mostra que aproximadamente metade dos casos que acabam configurados como fraude ou desvio de conduta nas empresas já é identificada por denúncias. “Podemos considerar que o canal de denúncias é um instrumento indispensável em um programa de compliance”, destaca Cedraz.
A implantação desse tipo de canal de comunicação não significa apenas a criação de um call center para recebimento de relatos. “Esse canal deve ser inserido no dia a dia da empresa com base em um contexto bem mais amplo, considerando aspectos de proteção contra sanções legais, estabelecimento de um ambiente de negócios ético e melhora no clima organizacional para os recursos humanos. As pessoas passam a dispor de um meio seguro, com garantia de anonimato, e independente para reportar eventuais condutas inadequadas”, explica.
As ações de comunicação são determinantes para a maior adesão dos denunciantes e devem encorajar a efetiva utilização dos canais disponíveis para a inclusão de relatos. Outro fator preponderante é a equipe envolvida. “As estruturas mais sofisticadas possuem profissionais com competências diversas — desde especialistas em ética e compliance e consultores para mapeamento assertivo de riscos e fraudes até psicólogos para apoio em casos de assédio, advogados, especialistas em investigações forenses, dentre outros”, detalha o consultor.
Cedraz diz que a eficácia de um canal de denúncias depende também de uma estrutura adequada de processos e ferramentas, o que requer:
• estabelecimento de conduta esperada pelos integrantes da cadeia de negócios, envolvendo todos os seus públicos de interesse;
• contratação de uma empresa independente e especializada, responsável por recepcionar e apoiar a triagem e o endereçamento dos relatos;
• definição de processos e ferramentas que possam auxiliar no tratamento e na diligência em relação aos eventos relatados nas denúncias;
• integração da operação do canal de denúncias e do programa de compliance com as demais linhas de defesa da organização;
• distribuição de responsabilidades no tratamento dos eventos.
“Tomar conhecimento tempestivo dos desvios de conduta que podem comprometer a imagem ou o relacionamento da empresa com seus públicos de interesse ou, ainda, provocar perdas financeiras, pode fazer toda a diferença em um programa de compliance. E essa tarefa não pode ser realizada sem um canal de denúncias efetivo”, conclui Cedraz.
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