Saiba mais sobre esse e outros temas no Centro de Governança Corporativa da Deloitte.
Quando o mercado se torna mais complexo, aumenta igualmente a exigência de que as empresas se estruturem para reagir com eficácia aos desafios. É o que também esperam os participantes do mercado de capitais ao observar como os negócios lidam com as consequências de globalização, crescente competição e disrupturas causadas pelo avanço das tecnologias. Em resposta, os conselhos de administração têm contado com subcomitês para tratar todos os assuntos com o foco adequado e a devida importância. Entre eles, figura o comitê de auditoria.
“Fica difícil para o conselho de administração ser eficaz acompanhando tudo sozinho. Existem vários subcomitês com a intenção de tratar os temas de forma eficiente e mais especializada”, explica Bruce Mescher, sócio-líder da estrutura de Global IFRS and Offerings Services (Gios) e membro do Centro de Governança Corporativa da Deloitte no Brasil.
“Apesar de o comitê de auditoria não ser obrigatório, exceto em algumas instituições do setor financeiro, cerca de metade das empresas de capital aberto no Brasil já o incluiu na estrutura de governança”, aponta Mescher. “Os investidores reconhecem o papel importante que a estrutura desempenha”, completa.
Fatores que impulsionam os comitês de auditoria
• Pressão constante dos mercados pela atuação do comitê como mecanismo de fortalecimento da transparência, garantia da qualidade de informações financeiras e mitigação de riscos;
• foco cada vez mais intenso em riscos emergentes e estratégicos, como reputação, segurança cibernética, computação em nuvem e big data;
• crescentes exigências dos reguladores em relação à importância dos controles internos sobre relatórios financeiros;
• ambiente regulatório em evolução e demandas das autoridades por programas de conformidade eficazes (incluindo atenção a ações anticorrupção, contra lavagem de dinheiro e de garantia de saúde e segurança).
Desafios para o comitê
Mescher diz que hoje, no Brasil, crescem as demandas para a formação dos comitês de auditoria. Ele observa que esses grupos investem atualmente mais em áreas como supervisão de risco, conformidade com as leis e regulamentos e controles internos na comparação com o que se via há dois anos. “O ambiente regulatório continua a evoluir e permanece complexo. O foco em riscos emergentes e estratégicos cria demandas ainda maiores para os programas de conformidade e para o monitoramento robusto de riscos”, acrescenta.
Os controles internos sobre relatórios financeiros também têm sido prioridade de muitos comitês de auditoria, em resposta à melhora da estrutura para o tema promovida pela Coso (comissão que orienta práticas relacionadas a controles internos e a gestão de riscos).
“Controles devem continuar na pauta, em antecipação da expansão das divulgações sobre o tema que entrarão em vigor a partir de 2016 como parte da instrução CVM 552/14. A norma atualiza dispositivos do formulário de referência para racionalizar e aprimorar a prestação de informações pelas companhias”, destaca Mescher. Ele conclui: “Enquanto a responsabilidade para supervisão dos relatórios financeiros e dos auditores continua primordial, a profundidade e a amplitude das atribuições do comitê de auditoria serão mais desafiadoras do que nunca.”
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